O governo federal antecipou-se e lançou uma contraofensiva para tentar
esvaziar a agenda e o discurso dos potenciais candidatos à Presidência
Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Os dois insistem na pauta da
distribuição mais igualitária da arrecadação federal. Nesta terça-feira
(12), a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), se
reuniu com líderes dos partidos aliados que definiram como prioridade
quatro projetos que alteram o pacto federativo.
A ministra
pediu a votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que muda a
cobrança do ICMS no comércio eletrônico, um projeto de resolução que
unifica as alíquotas do ICMS, a medida provisória que cria os fundos de
compensação para as mudanças que ocorrerão com alteração do ICMS e o
projeto de lei sobre o endividamento dos Estados, que poderá
estabelecer um novo indexador.
O governo articula, ainda, uma
reunião dos relatores dos quatro temas no Congresso com o ministro da
Fazenda, Guido Mantega, na próxima semana.
A reunião com
líderes ocorreu um dia antes do encontro de governadores com os
presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), para discutir a questão federativa. Eduardo
Campos, por exemplo, já havia acertado uma reunião com governadores do
PSB e as bancadas do partido para discutir uma estratégia comum em
relação a temas referentes à relação entre Estados e União.
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