Cientistas americanos anunciaram nesta semana avanços no combate ao vírus mortal ebola com uma vacina experimental que obteve 80% de eficácia em ratos. O ebola, um vírus africano raro, é temido por poder se tornar uma arma letal de bioterrorismo, pois mata suas vítimas devastando seu sistema imunológico, causando insuficiência em múltiplos órgãos e provocando a morte por hemorragia.
O vírus apareceu pela primeira vez há 35 anos, mas ainda não foi desenvolvida uma vacina para imunizar os humanos. Mas cientistas do Arizona (sudoeste dos Estados Unidos) anunciaram na segunda-feira, nas revista especializada Pnas, o desenvolvimento de uma vacina que funde um anticorpo com plantas de tabaco.
Os cientistas captaram uma proteína da superfície do vírus, a fundiram com um anticorpo que reconhece a proteína viral e produziram a vacina em plantas de tabaco. Em seguida, o complexo imune derivado da planta foi injetado em ratos, juntamente com outra substância química de estímulo imunológico, denominada PIC.
Oito em dez ratos vacinados sobreviveram a uma infecção posterior de ebola. Todos os ratos que não tomaram a vacina antes de ser infectados com o vírus morreram. Os cientistas advertiram que é necessário fazer mais pesquisas para determinar se a vacina é segura e eficaz em humanos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 1976 foram registrados 1.850 casos de ebola e 1,2 mil mortes. O vírus tem um reservatório natural em várias espécies de morcego da fruta africano. Gorilas e outros primatas não humanos também são suscetíveis a contrair a doença.
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