
Busca social é simples de explicar: o freguês digita o que procura, bate enter, o Google responde com páginas, vídeos, notícias e, a partir de agora, aquilo que seus amigos comentaram sobre o assunto nas redes sociais. Ou então recomenda quem seguir nas redes que seja relevante quando se trata do assunto buscado. É um serviço útil. Mas há um problema: todas as respostas estão no Google Plus, a jovem e ainda um quê deserta rede social do próprio Google. Facebook ou Twitter não aparecem.

Aí cabem duas perguntas. A primeira é: e daí? O Google faz o que quiser, a empresa é dele, o mundo é competitivo. Assim, ao menos, poderia seguir um argumento. A outra vai além: não foi o Facebook que, inicialmente, negou ao Google acesso a seus dados? À segunda questão primeiro. Esta é uma briga boa e, dela, só temos versões. É onde entra outro jornalista, o hoje empresário John Battelle, autor de The Search, a primeira história do Google. A negociação entre as duas empresas foi difícil. Segundo suas fontes no Facebook, o Google exigia que toda informação fosse pública e se recusava a fazer mudanças conforme a política de privacidade do site de relacionamento mudasse. Uma das preocupações do Facebook: se o sujeito publicasse fotos que todos pudessem ver, o Google indexaria as imagens. Se depois de um tempo ele mudasse de ideia, o Google deveria apagar suas cópias. Parece razoável.
As fontes no Google dizem que a conversa não foi nada assim. O Facebook, segundo elas, queria proibir o Google de usar informação "disponível publicamente" para criar um serviço de redes sociais. Aí, a interpretação é o diabo. O que é um serviço de redes sociais? No limite, busca social pode ser uma rede social. Também é razoável considerar que as condições faziam o Google se sentir refém de qualquer mudança de humor do Facebook. Interpreta como quer, quando quer.

Então algo de profundo mudou. Difícil dizer quem tem razão numa briga entre Facebook e Google. Ambas competem duro. E, agora, usam suas armas a qualquer custo.
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