segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Maracaípe pede socorro

Há três meses, para chegar de carro ao pontal da Praia de Maracaípe, no município de Ipojuca, Grande Recife, é preciso ter muita paciência e contar com uma dose de sorte para não ficar atolado. A natureza respondeu com força aos aterros sucessivos na região. O mar engoliu parte do acesso e, até agora, mesmo com vários pedidos e reclamações, o poder municipal não conseguiu se mobilizar para contornar o problema. Antes, a largura da faixa de areia permitia a passagem de três veículos. Agora, apenas um por vez. Como não há agentes de trânsito no local e nenhuma placa de pare e siga, há congestionamento, diariamente, em plena beira-mar.
Comerciantes e turistas revelaram que os bugueiros estão cobrando até R$ 20 para realizar a travessia de apenas um quilômetro até o pontal.” Isso é um absurdo. O caminho está assim desde outubro e a prefeitura não se mobiliza para resolver. A gente já reclamou muito e nada é feito”, declarou Zilândia Maria da Silva. Com a erosão, o bar de sua propriedade está praticamente dentro do mar. Como não há mais acesso, quem caminha pela praia precisa passar por baixo do estabelecimento, que fica elevado, lembrando uma palafita.
O empresário Jorge Vila Nova alertou para um grave problema. “Passo o mês de janeiro inteiro aqui e o que está acontecendo é um absurdo. Como o acesso foi prejudicado, vários buggys estão trafegando pela beira da praia. Em 2010, no feriado de 7 de Setembro, ocorreu uma morte aqui e nada mudou. Isso é um descaso. Todo o mundo sabe que é proibido circular de buggy por aqui, mas não existe fiscalização.”
Comerciantes do local estão revoltados com a redução no número de clientes. José Marcos da Silva, o Marcão, proprietário de uma das barracas mais conhecidas de Maracaípe, disse que há uma omissão generalizada. Ele fechou um bar que havia aberto no pontal.
“Sem acesso, não há a mínima condição. Tive que fechar meu bar porque estava tendo prejuízo. Dia desses, passei uma hora para chegar até o Pontal de Maracaípe. A prefeitura prometeu fazer um novo acesso, mas, até agora, nada.” Ele alertou para os aterros de mangue.“Isso que está acontecendo nada mais é do que uma resposta do mar. Aterraram tudo por aqui e o mar precisa de espaço. Por isso, que ele comeu o acesso.”
A gerente da Pousada Brisas, Andrea Didier, também revelou que está amargando prejuízo. “Isso aconteceu na maré de outubro e ainda está assim. Não há ninguém da prefeitura para organizar o fluxo de carros. Com um sistema de rádio, o problema seria facilmente resolvido, evitando assim os engarrafamentos. Com dois funcionários, esse problema seria amenizado.”
Ela lembrou que o movimento caiu bastante. “Desde que o acesso ficou desse jeito, percebemos que o fluxo de clientes diminuiu. Estamos tendo um prejuízo grande aqui.”
 Andrea Didier administra também o restaurante da pousada. O local é um dos pontos mais 

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