O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, negou nesta quarta-feira ter favorecido Pernambuco, Estado onde mantém sua base eleitoral, ao direcionar recursos da pasta para a prevenção de tragédias naturais, como enchentes. Segundo Bezerra, o Estado foi o que mais apresentou projetos. Pernambuco, atualmente, tem oito obras de prevenção em andamento, que somam R$ 98 milhões. Para ações do tipo, a pasta toca 34 projetos, no valor total de R$ 218 milhões.
Exaltado, Fernando Bezerra negou as afirmações veiculadas no jornal O Estado de S.Paulo de que Pernambuco teria recebido 90% dos recursos do ministério “Não existe política partidária, miúda, pequena. Eu não posso aceitar, como não aceito nenhuma discriminação com nenhum Estado brasileiro, não se pode discriminar Pernambuco por ser o Estado do ministro. Lá, cinco barragens serão construídas”, disse.
Em junho de 2010, a região da Mata Sul do Estado foi atingida por uma tromba d’água, um raro fenômeno, que provocou o transbordamento da Bacia do Una. “Pernambuco estava com projetos prontos porque teve um dos maiores acidentes naturais da história. Foram 18 mil famílias desalojadas, 41 municípios atingidos, mais de 80 mil atingidos pela tragédia, hospitais, escolas, pontes destruídos. O que vocês viram na região serrana do Rio de Janeiro podem replicar para Pernambuco. Essa priorização foi feita com discussão com ministérios, com conhecimento e participação da presidente”, afirmou Bezerra.
Segundo o ministro, a maior parte dos recursos destinados a Pernambuco foi liberada por meio de duas medidas provisórias, já que não havia dotação no orçamento para 2011. Bezerra garantiu que outros Estados, que sofrem atualmente com as chuvas e a estiagem, estão sendo atendidos pela pasta. De acordo com dados apresentados hoje por Bezerra, São Paulo tem oito projetos em andamento, seguido por Espírito Santo (sete projetos), Alagoas (dois projetos) e Ceará (dois projetos).
Ainda de acordo com dados do ministério, R$ 490 milhões foram destinados a ações de assistência à população, como a compra de cestas básicas, operação para levar água potável às pessoas atingidas pelas tragédias e pagamento de aluguel provisório para o alojamento de famílias, por exemplo. Outros R$ 440 milhões foram empenhados para a reconstrução das cidades atingidas por chuvas e enchentes.
Fonte: Terra
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