sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Recife se prepara para realizar 2 mil testes de HIV no Carnaval

“Carnaval é época de folia, descontração e porque não, de novas paixões. Mas é justamente nesse período que o cuidado com a saúde deve ser redobrado. A recomendação é antiga, mas sempre válida: se for manter relações sexuais, use sempre camisinha.”

A mensagem acima abre o plano de ações do Programa Municipal de DST/Aids do Recife para o Carnaval 2012. Com o slogan Quem se Cuida Brinca Mais, cerca de 700 enfermeiros, técnicos de enfermagem, inspetores sanitários, redutores de danos, arte-educadores e agentes de prevenção irão levar informações sobre saúde às festas da cidade.

Para a prevenção do HIV, os destaques serão: oferta de testes rápidos de detecção do vírus, distribuição de um milhão de preservativos masculinos (durante todo o mês de fevereiro) e apresentações teatrais.
 

Os interessados poderão fazer o teste de HIV, de sábado a terça-feira de Carnaval, das 18h às 24h, no Centro Histórico e nos bairros Jardim São Paulo e Ibura. “Escolhemos estes lugares porque são próximos aos pólos de animação”, explicou o coordenador do Programa Municipal de DST/Aids, Acioli Neto. “No ano passado, testamos 1400 pessoas e neste ano estamos preparados para fazer dois mil testes”, acrescentou.
Sobre a iniciativa de promover o diagnostico para o vírus da aids durante um momento de festa, Acioli afirma que a decisão é de cada indivíduo e que haverá profissionais especializados para aconselhar e acolher as pessoas que passarem pela testagem.

No desfile do Galo da Madrugada, considerado o maior bloco de Carnaval do mundo, os agentes de redução de danos em parceria com a Polícia Militar de Pernambuco vão substituir as garrafas de vidro por garrafas plásticas.

E em vários pontos da cidade, os arte-educadores irão fazer apresentações teatrais sobre aids e drogas.

Segundo Acioli, foi produzido balões publicitários com mensagens de prevenção, faixas, camisetas, adesivos, e a distribuição de preservativos, géis lubrificantes e materiais informativos já começou nos clubes de frevo, blocos, maracatus e nas Escolas de Samba.

“Não é fácil alertar a população sobre a aids no Carnaval. Neste momento, elas só pensam na farra. Por isso, decidimos diversificar ao máximo as ações de prevenção”, finalizou.

De 1984 a 2010, o Recife notificou 6523 casos de aids na cidade. Em 2010, para cada grupo de 100 mil habitantes, registraram-se 26 pessoas com a doença, enquanto a média nacional para o mesmo número de habitantes é de 18 casos.
  

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