O senador Romero Jucá (PMDB-RR), tirado da liderança do governo na Casa, disse nesta terça-feira (13) que deixa a função, que exercia há mais dez anos, sem mágoas.
- Não saio magoado. Houve [no noticiário] uma confusão entre a minha saída e a votação da ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres].
A troca de Jucá por Eduardo Braga (PMDB-AM) foi confirmada na noite desta segunda (12) pelo Palácio do Planalto e ocorre após o Senado ter rejeitado a indicação de Bernardo Figueiredo para permanecer como diretor-geral da ANTT.
Como o nome de Figueiredo era respaldado pela presidente Dilma Rousseff, o veto dos parlamentares, decretado com o apoio de integrantes da base governista, foi interpretado como um ato de retaliação dos aliados, que cobram mais interlocução com o Executivo.
Além do Senado, Dilma decidiu trocar também a liderança do governo na Câmara dos Deputados. Lá, quem saiu foi o petista Cândido Vaccarezza (SP). O substituto ainda não foi anunciado.
Ao falar do veto à recondução de Figueiredo na ANTT, Jucá afirmou que, no dia da votação, fez o que pôde para conseguir a aprovação do nome.
Agora, segundo ele, caberá ao novo líder do governo construir a unidade da base aliada, em especial do PMDB. Para isso, o partido terá de dirimir as divergências com o chamado G8, grupo de peemedebistas que tem votado contra algumas propostas do Executivo.
- Espero que as insatisfações sejam contidas.
Jucá voltou a pedir que a presidente Dilma converse pessoalmente com as bancadas para conter a insatisfação na base. Segundo ele, este é um sentimento que existe não apenas no PMDB, mas também em outros partidos, tanto na Câmara quanto no Senado.
- O governo tem que aprimorar suas relações políticas buscando uma relação de entendimento. Essa decisão já foi tomada pela presidente, e ela vai ouvir as bancadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário