sábado, 24 de março de 2012

Obama diz que jovem negro morto na Flórida poderia ser seu filho

WASHINGTON/SANFORD, 23 Mar (Reuters) - O presidente dos EUA, Barack Obama, entrou na sexta-feira na polêmica envolvendo a morte de um adolescente negro na Flórida, dizendo que o rapaz poderia ser o filho que ele nunca teve, e aconselhando os norte-americanos a fazerem uma reflexão sobre o caso.
Trayvon Martin, 17 anos, foi morto há um mês em Sanford, na Flórida, por um branco de 28 anos que atuava como vigilante voluntário em um bairro hispânico, e que disse agir em legítima defesa contra o rapaz, que usava uma blusa com capuz.
"Se eu tivesse tido um filho, ele seria parecido com Trayvon", disse Obama, primeiro presidente negro na história dos EUA, admitindo haver um componente racial no caso.
"Obviamente, isso é uma tragédia", declarou Obama a jornalistas, nas suas primeiras declarações públicas sobre o incidente. "Só posso imaginar o que esses pais estão passando. E quando penso nesse menino, penso nas minhas próprias filhas."
O caso repercutiu em todo o país e motivou manifestações contra a polícia por não ter prendido o assassino George Zimmerman e, em termos mais gerais, por causa de um suposto padrão de discriminação racial em Sanford e em outras partes dos EUA.
Os pais de Martin agradeceram Obama por suas palavras, proferidas ao final de um evento na Casa Branca.

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