sábado, 3 de março de 2012

Secretário da Fifa pede organizaçao ao Brasil

Uma semana antes de realizar nova visita ao Brasil, o secretário geral da Fifa, o suíço Jérome Valcke, voltou a tecer duras críticas com relação à organização da Copa do Mundo de 2014. O dirigente, que havia amenizado as reclamações na visita que fez ao País em janeiro passado, voltou a disparar principalmente contra os atrasos nas obras de infraestrutura. Ele prometeu cobrar pressa do Comitê Organizador.
 “O grande problema que temos no Brasil é que tem muitas coisas que não estão sendo feitas. Não entendo por que essas coisas não estão em curso. Os estádios estão atrasados e por que está tudo tão atrasado?”, perguntou ele, mandando uma mensagem direta às autoridades brasileiras: “Têm que se apressar, colocar a casa em ordem e organizar este Mundial”.
Valcke criticou ainda o que ele entende ser uma preocupação excessiva com o título mundial em 2014 e chegou a sugerir que os organizadores levem um “chute no traseiro” para que se deem conta de que precisam trabalhar. “Temos de dar um empurrão, um chute no traseiro e entregar a Copa e isso é que faremos. O que é a Copa para o Brasil, organizar ou ganhar o Mundial? Creio que seja ganhar a Copa. Creio que deveriam pensar como a África do Sul, cuja prioridade era organizar a Copa, não ganhar a Copa”, disse ele, esquecendo-se do histórico dos dois países no futebol.
O dirigente disparava contra todos os lados. Perguntou por que não há “mais apoio” e “mais entusiasmo” das autoridades do País para terminar estádios, hotéis e redes de transporte. “O Brasil não tem hotéis suficientes. Tem mais do que o suficiente em São Paulo e Rio, mas em Manaus precisa mais”, disse Valcke, que ainda citou Salvador como uma sede que não teria condições de receber um clássico como Inglaterra e Holanda. “A cidade é agradável, mas tem que melhorar a forma de chegar ao estádio”.
 Todas as doze cidades sedes da Copa do Mundo receberão pelo menos quatro jogos. “Precisamos garantir que os torcedores e os jornalistas chegarão a todos esses locais”, disse Valcke, lembrando que não está preocupado com as seleções que terão seus próprios jatos.
 Valcke também reclamou das “discussões intermináveis” para aprovar a Lei Geral da Copa. “Deveríamos ter estes documentos assinados em 2007 e já estamos em 2012”, lembrou.

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