segunda-feira, 9 de abril de 2012

Obama diz 'ter sorte' por encontrar em Dilma uma parceira

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta segunda "ter sorte" por encontrar na presidente Dilma Rousseff uma "parceira".
Logo depois de uma hora e meia de conversas no Salão Oval da Casa Branca, os dois líderes fizeram declarações para a imprensa - sem dar chances para perguntas - e concentraram-se sobretudo nas oportunidades de negócios oferecidas de lado a lado. 
Obama elogiou os "progressos do Brasil" nos governos de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e admitiu seu interesse em fazer dos EUA "um grande cliente" do País no campo da energia, especialmente em petróleo e gás. "Esperamos cooperar em uma ampla gama de projetos energéticos", afirmou Obama, sentado ao lado de Dilma. "A relação bilateral nunca foi tão forte", completou, ao reafirmar que os EUA abrirão mais dois consulados no Brasil, em Belo Horizonte e Porto Alegre.
Obama informou que os dois líderes discutiram temas como a cooperação energética – principalmente em temas de biocombustível, petróleo e gás –, intercâmbios educacionais e combate ao narcotráfico com vistas à Cúpula das Américas, no próximo fim de semana em Cartagena, na Colômbia.
Em sua fala, Dilma ressaltou o fato de o investimento direto produtivo do Brasil nos EUA hoje alcançar 40% do americano no mercado brasileiro. "A relação entre Brasil e Estados Unidos é muito importante para nós, tanto a bilateral como a multilateral", afirmou, ao expressar a necessidade de estreitar laços e de ampliar o investimento recíproco. "É do nosso mais alto interesse estreitar nossas parcerias em economia e em inovação (com os Estados Unidos)."
A presidenta manifestou preocupação com a depreciação das moedas dos países desenvolvidos – em consequência das políticas monetárias expansionistas para conter a crise nesses países. Dilma chegou a classificar o excesso de liquidez como um "tsunami monetário". "Reconhecemos o papel dos Bancos Centrais, em especial do Banco Central Europeu, em impedir uma crise de liquidez de altas proporções, afetando a todos os países" , disse Dilma, sentada ao lado de Obama à frente da tradicional lareira do Salão Oval.

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