Chen deixou o hospital onde estava isolado por 17 dias e embarcou em Pequim num voo da United Airlines às 17h30 locais (11 horas na frente de Brasília), com destino ao aeroporto de Newark, perto de Nova York.
A viagem, fruto de uma complexa negociação diplomática entre os dois países, ocorreu antes do previsto por Chen, que dias atrás disse que os passaportes só ficariam prontos em duas semanas.No mês passado, Chen, 40, um dos dissidentes mais conhecidos da China, escapou de forma espetacular de 19 meses de prisão domiciliar, na zona rural da província de Shandong (leste).
Tensão
Após alguns dias escondido em Pequim, ele se refugiou na embaixada americana, gerando um forte mal-estar entre os dois países às vésperas da visita à China da secretária de Estado, Hillary Clinton.
Ele ficou sob proteção diplomática por seis dias. Após intensas negociações, deixou a embaixada no último dia 2, quase na mesma hora em que Hillary desembarcava em Pequim. A ideia era de que ele ficasse no país e estudasse direito numa universidade pública longe de Shandong.
Chen foi hospitalizado para cuidar de um pé quebrado durante a fuga. Ali, reencontrou-se com a mulher, que lhe contou ter sido torturada após a fuga. Aconselhado por amigos, mudou de ideia e disse que queria viajar aos EUA.
As negociações recomeçaram de forma mais tensa, até que a China concordou em deixá-lo viajar ao exterior com um visto de estudante.
Advogado autodidata, Chen ficou famoso por defender mulheres vítimas de abortos forçados e esterilizações por causa da "política do filho único".
Nenhum comentário:
Postar um comentário