BUENOS AIRES - Pesquisadores de Brasil, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Canadá e Reino Unido decifraram o genoma do inseto transmissor da Doença de Chagas, que afeta milhões de pessoas na América do Sul.A decodificação do genoma do barbeiro, vetor da doença, permite "idealizar novas técnicas de controle do inseto e estudar a interação com o parasita causador da doença", o Trypanosoma cruzi, afirmou à o pesquisador argentino Rolando Rivera Pomar, do Centro Regional de Estudos Genômicos da Universidade de La Plata.
"A informação sobre a decodificação pode ser acessada em um site (www.vectorbase.org) à disposição da comunidade científica, para que possam interpretar esses dados, portanto ainda resta muito caminho a ser trilhado", detalhou o cientista.
Os pesquisadores acreditam que se conseguirem estabelecer os motivos pelos quais o barbeiro transmite o parasita da doença, poderão estudar os mecanismos para inibir essa ação do inseto.
Rivera Pomar assinalou que a descoberta, alcançada após quase dez anos de pesquisas, permite "completar o ciclo" sobre o mal dado que os genomas do humano e do parasita transmissor já tinham sido decifrados.
A decodificação do genoma do barbeiro, o Rhodnius prolixus, abre a possibilidade de "encarar uma luta mais eficaz ao conhecer mais sobre o Mal de Chagas", acrescentou. Um grupo de 30 cientistas participou da pesquisa, que contou com um financiamento de mais de US$ 4 milhões fornecidos pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA.
Em março, a Argentina anunciou que começou a produzir um remédio para tratar a Doença de Chagas.
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