Segundo o professor de Matemática, Marcello Menezes, criador de um grupo no Facebook intitulado “Redação de volta para a Covest, JÁ”, a redução de 300 para 200 pontos de diferença é insignificante. “Não acredito nesta nova proposta e continuo achando esta escolha errada. Esta diferença ainda é muito grande e permanece havendo o mesmo problema de disparidade, pois existem cursos onde milésimos de pontos pode reprovar um aluno que teria mérito de ingressar na universidade”, pontuou. Outra novidade na redação é a divisão da nota em cinco itens de competência: domínio da Língua Portuguesa; compreensão do tema proposto; capacidade de selecionar e organizar ideias; demonstração de conhecimento sobre o tema; e apresentação de solução para a proposta dissertativa.

Em julho, um guia será enviado aos candidatos inscritos no Enem 2012, com explicações sobre as novas regras de correção da redação. O estudante terá nota zero se o texto fugir do tema proposto, apresentar estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo ou tiver sete linhas ou menos. Conforme acordado com a Justiça, os estudantes poderão ter acesso à redação. A forma de como este acesso será oferecido ainda está sendo discutida. “A diminuição na diferença entre as notas até pode ajudar, mas acho o sistema como um todo ainda muito falho. O sentimento geral em relação as mudanças é a de que vamos continuar estudando, mas vamos ter que, também, contar com a sorte”, afirmou o estudante de cursinho, Leonardo Monteiro.
“O aluno ter acesso à prova é um dos grandes avanços e isso irá fazer com que os professores responsáveis pela correção tenha muito mais cuidado e coerência com o trabalho. A colocação de um terceiro corretor e ainda uma banca para avaliar a discrepância entre as notas mostra que o MEC está preocupado em mostrar aos candidatos o respeito que eles merecem. Mas tudo isso ainda é um processo”, avaliou o professor de redação, Eduardo Pereira.
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