quarta-feira, 30 de maio de 2012

Minas e Bahia lideram ranking de perda de Mata Atlântica

O bioma Mata Atlântica perdeu 13.312 hectares de área em um ano no Brasil, o que corresponde a 133 quilômetros quadrados (km²), segundo o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica divulgado nesta terça-feira (29/5) pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) e pela Fundação SOS Mata Atlântica. O período analisado foi de maio de 2010 até o mesmo mês de 2011.

Minas Gerais liderou o desmatamento, com 6.339 hectares. A Bahia ficou na segunda posição, com desflorestamento de 4.493 hectares. Na sequência vêm Mato Grosso do Sul (588), Santa Catarina (568), Espírito Santo (364), São Paulo (216), Rio Grande do Sul (111), Rio de Janeiro (92), Paraná (71) e Goiás (33).

Os Estados de Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo foram avaliados parcialmente no estudo, por causa da cobertura de nuvens que prejudicou a captação de imagens por satélite. O estudo analisou dez dos 17 Estados que possuem o bioma. Os Estados analisados representam 93% da área total de Mata Atlântica.

O ritmo de desmatamento é inferior ao registrado no Atlas anterior, que analisou o período entre 2008 e 2010, quando o bioma perdeu ao todo 31.195 hectares, uma média de 15597,5 ha por ano. "Embora tenha tido uma leve queda, provavelmente o índice apresentado hoje seria maior se não tivéssemos problemas com nuvens. O (ritmo de) desmatamento continua estável, o que é preocupante", disse a coordenadora do Atlas pelo SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, em referência a Minas Gerais e Bahia, que encabeçam o ranking dos que mais desmataram no período.

Em relação aos municípios, os pesquisadores alertam para a região que chamam de "triângulo do desmatamento", entre Bahia e Minas Gerais. No ranking dos municípios, cidades dos dois Estados ficam no topo.

Nos últimos 25 anos, a Mata Atlântica perdeu 1.735.479 hectares, ou 17.354 km², ficando reduzida a 7,9% de sua área original, se considerados os remanescentes florestais em fragmentos acima de 100 hectares, representativos para a conservação de biodiversidade.

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