A retomada no crédito para veículos ocorreu depois do pacote de incentivo às vendas, que incluiu redução de imposto e liberação de recursos para empréstimos. Além disso, os bancos se comprometeram com o governo a destravar as operações, que atingiram em abril o menor patamar desde fevereiro de 2010.
Também contribuiu para a tendência a política de redução dos juros adotada pelos bancos públicos, seguida pelos privados. A taxa média está em queda há três meses e passou de 17,5% para 15,2% ao ano (equivalente a 1,2% ao mês) no período, menor nível desde março do ano passado. A taxa mais baixa em bancos de montadoras caiu de 1,18% no final de janeiro para 0,85% ao mês em meados de junho.
"A expansão do crédito para veículos não significa deterioração da qualidade da carteira, porque temos observado, desde o ano passado, maior rigor dos bancos na concessão nessa modalidade", disse o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel.
Além disso, segundo Maciel, os juros menores atraem mais interessados em tomar crédito, o que dá mais liberdade às instituições financeiras para selecionar os clientes. "Os bancos terão mais opção. Poderão selecionar mais com um conjunto maior de tomadores." Entre os aspectos que vão garantir a qualidade das novas operações, segundo Maciel, são exigências maiores, como a necessidade de maior entrada para compra do carro ou renda mais elevada.
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