Recorrendo ao ditado popular, o senador Humberto Costa (PT) desabafou, na manhã desta quarta-feira, a uma rádio local que não possui nenhum sentimento de mágoa pelo governador Eduardo Campos (PSB), mas esperava uma "atitude política" recíproca. Fazendo uma trajetória por momentos vivenciado pelos dois. O pré-candidato petista na capital fez questão de lembrar os gestos de unidade e solidariedade ao PSB, como em 1994, com o apoio a Miguel Arraes para o Governo do Estado, e em 2006, com o apoio do Partido dos Trabalhadores no segundo turno, que ajudou a levar o PSB à vitória de Campos. Gestos, segundo ele, “pouco lembrados” pelos socialistas.
Humberto não se queixou abertamente, mas também não conseguiu escondeu o descontentamento com o socialista. Como o mesmo disse: "para meio entendedor, meia palavra basta. Eu esperava uma atitude política... Bom mais não existiu. E não existe magoa em política, em política as coisas são assim mesmo", desabafou.
Questionado sobre a conversa de ontem com o ex-presidente Lula, o senador negou que a orelha do governador possa ter ficado vermelha. "Nós não conversamos sobre ninguém, falamos sobre a situação do partido no estado e na capital", disse. De acordo com ele, o presidente ratificou a participação no palanque petista, em Recife, como já havia prometido há 15 dias. E bateu na tecla: Lula o apoiará e não abrirá mão.

Ainda segundo o petista, os rumores de que Lula poderia estar chateado com o governador são apenas especulações. "Não discutimos sobre Eduardo até porque o ex-presidente tem por ele um profundo respeito e uma relação próxima com ele. São rumores", afirmou.
De acordo com o senador, a colocação de que o PSB teria se tornado um partido de oposição não é verdadeira, mas a composição da Frente teria se contaminado. "O PSB não é oposição, mas certamente os partidos que estão com ele são de oposição histórica ao PT", arrematou, se referindo ao recente apoio do deputado federal Raul Henry ao projeto socialista no Recife.
PP com PT?
De acordo com o senador Humberto Costa, a decisão entre o PP com o PT no Recife ainda não foi consolidada. "Nós estamos vendo. Aliás, não quero nem discutir com quem estou debatendo. Todas as vezes que o PT procura dialogar com outros partido, vem um rolo compressor e tenta impedir que alguma aliança se consolide", afirmou.
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