Paralisação dos rodoviários causa tumulto nos terminais da RMR

A greve de advertência dos rodoviários decretada desde a meia-noite desta quarta-feira (27) já tem causados grandes transtornos aos usuários de ônibus na Região Metropolitana do Recife (RMR). Nos terminais integrados de passageiros, a cena se repete. Pessoas tentando entrar nos coletivos, empurra-empurra e muito atraso.

Nas primeiras horas de paralisação de advertência, o fluxo de veículos no Cais de Santa Rita caiu cerca de 50%. De acordo com fiscais do Grande Recife Consórcio de Transportes, a quantidade de coletivos que chegava ao terminal de passageiros durante a madrugada, começou a cair por volta das 3h. "Até às 2h, o fluxo foi considerado normal. Já partir das 3h, a movimentação de veículos caiu pela metade”, disse um dos fiscais que prefere não ser identificado.

Já no terminal integrado da PE-15, em Olinda, houve um principio de tumulto e os funcionários acionaram reforço na segurança da Polícia Militar e do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati). De acordo com a empresa Itamaracá, todos os ônibus estão circulando. Apesar disso, as linhas estão cheios e com muito atraso.

Na PE-15, apesar do princípio de tumulto ocorrido mais cedo, tudo seguia tranquilo por volta das 8h. A estudante universitária Michele dos Santos, 20, até esperava que teria mais problemas. "Estou na fila há quase meia hora esperando, mas achei que ia ter mais problemas. O grande incoveniente tem sido a espera mesmo", contou, aguardando por um veículo da linha que vai para o bairro de Boa Viagem. Na integração do Pelópidas Silveira, em Paulista, a situação é a mesma.
No terminal da Macaxeira, as linhas Barro/Macaxeira (Várzea) e Macaxeira/Parnamirim foram as que apresentaram maiores problemas. Os fiscais tiveram trabalho para controlar o tumulto. A dona de casa Clécia Santana, de 36 anos, contou que saiu de Paulista às 4h30, tomou um ônibus até a Macaxeira e, de lá, iria para o Barro. Já passava das 8h30 e ela ainda esperava pela última condução. "O Barro/Macaxeira BR-101 passa toda hora. Mas esse outro está atrasando muito. Quanto ao tempo, realmente está demorando mais. Só que a superlotação é a de sempre", reclamou.