Presidente do PSB, o governador Eduardo Campos (Pernambuco) disse nesta terça-feira (19) que "seria uma crise todo dia" a manutenção da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) como vice do pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.
O motivo seria a aliança do PT com o PP do deputado Paulo Maluf (SP), adversário político da deputada.
A avaliação do partido foi de que a aliança com o PP teria que ser institucionalizada e não expressa na figura de Maluf.

"Se permanecesse, seria uma crise todo dia. Ela seria sempre questionada sobre a presença de Maluf", disse Campos.
"Seria um ponto permanente de instabilidade em função de que ela não quer rever nada do que disse", completou.
Segundo integrantes do PSB, a deputada deu declarações contraditórias ontem depois do anúncio da aliança entre PT e PP.
Campos reconheceu que foi surpreendido com o anúncio de que ela recusaria a chapa pela imprensa e articulou o encontro com ela para hoje.
Ele disse que o partido respeitou a decisão de Erundina que tomou essa decisão em "caráter irrevogável".
"A aliança não corre nenhum risco. Nós apostamos na candidatura de Fernando Haddad. Entramos na campanha de corpo e alma. Entendemos que Fernando Haddad será um grande prefeito para São Paulo", disse o governador.
Após o comando de a legenda ter acolhido a saída, Campos telefonou para Haddad informando a decisão.
Campos confirmou a liberação do PT para a escolha de um novo vice. Ele reconheceu que falta quadros no partido para o posto. "Só temos ela. Gostaríamos de ter várias Erundina no partido, mas só temos ela."
Vice-presidente do partido, o ex-ministro Roberto Amaral afirmou que Erundina reclamou do simbolismo da aliança com Maluf, seu adversário histórico.
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