Depois de ser desclassificada na primeira fase das disputas da ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Londres, a brasileira Daiane dos Santos admitiu que está próxima da aposentadoria. Nesta segunda-feira, no entanto, ela desconversou sobre seguir o caminho natural na carreira: tornar-se treinadora.
Não é todo mundo que consegue. Eles falam, 'ah você é uma boa ginasta. Por que não tenta ser técnica?', mas não é todo mundo que pode ser um bom treinador. A gente tem muita paciência para ensinar, mas não é assim", comentou Daiane ao Terra. "Compito até o final do ano (2012), de agosto até dezembro, e no ano que vem, sim, paro de treinar", confirmou a ginasta.
Uma das maiores atletas da ginástica da história do Brasil, Daiane aprovou a escolha de Daniele Hypólito, 27 anos, de seguir competindo pela equipe do Brasil até, pelo menos, os Jogos do Rio 2016.
"Conversei com a Dani sobre isso. Ela tem um ano a menos que eu. 'Você vai ficar mesmo?' Ela falou que vai. A experiência é um fator muito importante, mas é muito difícil mesmo. A questão não é nem da idade, o problema é psicológico e físico", avaliou Daiane. "Chegamos a um patamar onde vocês não permitem que sejamos menos. É bacana a Dani ficar, vou torcer muito por ela e pelas meninas", acrescentou.
Para o futuro da modalidade no Brasil, a campeã mundial no solo em Anaheim 2003 prevê um bom ciclo olímpico. Segundo Daiane, a mudança na presidência da Confederação Brasileira de Ginástica em 2009 (entrada de Maria Luciene Cacho Resende no lugar de Vicélia Ângela Florenzano) demorou a ser assimilada no esporte.
"Em relação a 2016, a gente sofreu muitas mudanças de uma Olimpíada pra outra. Até Pequim, a gente vivia a Seleção permanente, que se desfez. Não só se desfez, como também mudou a presidência. Então todas as atletas foram liberadas, separando a equipe. Essas coisinhas acabaram influenciando no grupo, na comissão. Mas, para 2016, as coisas estarão resolvidas, vai melhorar", analisou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário