O juiz federal Alderico Rocha Santos afirmou nesta terça-feira (31) não ter relação com os nomes que, segundo ele, a mulher de Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, anotou em um papel como forma de pressioná-lo a tomar decisões favoráveis ao marido.
A mulher de Cachoeira teria escrito os nomes: Marcelo Miranda, "Maranhense" e "Luiz". O primeiro seria o ex-governador de Tocantins, do PMDB; o segundo, um fazendeiro na região do Tocantins e Pará, e o último, um amigo de infância do juiz.
As anotações no papel, conforme Santos relatou à Procuradoria, foi feito durante visita de Andressa ao gabinete do juiz, no último dia 26. Na ocasião, segundo o magistrado, ela afirmou ter um dossiê com "informações desfavoráveis" a ele que seria divulgado pelo "repórter Policarpo na revista `Veja'" caso não fosse concedida liberdade a Cachoeira.
Em nota, a revista classificou a acusação como "absurda, falsa e agressivamente contrária aos nossos padrões éticos". Disse ainda que toma providências para "processar o autor da calúnia que tenta envolver de maneira criminosa a revista e seu jornalista".
Santos diz avaliar que o suposto dossiê seja uma invenção de Andressa. "Não há porque ter dossiê, não tenho relação com esse pessoal", disse. O juiz afirmou ainda ter dito à mulher de Cachoeira que ela poderia divulgar o material se o tivesse.
Procurado, Marcelo Miranda afirmou desconhecer Andressa e o suposto dossiê. Também negou ter relação pessoal ou comercial com o juiz federal. "Estou até admirado com meu nome envolvido nisso", disse.
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