O AVC acontece quando o fluxo de sangue no cérebro é prejudicado. A
enfermidade pode ser dividida em dois tipos: o isquêmico e o
hemorrágico. No primeiro, um coágulo é o responsável pelo bloqueio do
sangue no cérebro: já que não recebem a irrigação necessária, as células
do órgão morrem pela falta de oxigênio. O segundo é ocasionado por um
sangramento nas veias, que também impede a circulação do sangue no
órgão. Os danos causados a um paciente por um AVC podem ser duradouros,
irreversíveis e deixar sequelas nas funções cognitivas do paciente.Atualmente, o AVC é o problema cardiovascular mais comum depois da doença cardíaca. Os principais fatores de riscos para o surgimento da disfunção são hipertensão, falta de exercícios, diabetes, obesidade, colesterol alto, tabagismo e fibrilação atrial – ritmo cardíaco anormal que aumenta em cinco vezes a chance de ocorrer a doença. Outro fator de risco, que contribui para a grande incidência de casos da doença, é o envelhecimento da população.
O tratamento de um AVC é feito basicamente com a trombólise – ingestão de medicamentos para dissolução do coágulo. Quanto mais rápido o paciente for medicado, maior a chance de não sofrer com sequelas graves. De acordo com o presidente da World Stroke Organization (WSO), Stephen Davis, o tempo perdido no socorro a um doente é tempo de cérebro perdido. “Mesmo que os sintomas desapareçam em pouco tempo, o paciente precisa ser socorrido. Quanto mais precoce o tratamento, melhor é o seu efeito”, explica Davis.
Os pacientes que sofreram um AVC necessitam de um acompanhamento a longo prazo, além de um apoio psicológico e emocional. Entre as sequelas que podem acompanhar os doentes, depressão, espasticidade – rigidez ou tensão dos músculos – e depressão. Por isso, o paciente deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a mortalidade por acidente vascular cerebral caiu 32% na faixa etária até os 70 anos. Mesmo com esse número, a doença está entre as principais causas de morte e internação no País. Segundo a coordenadora do Programa de Neurologia do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, Sheila Martins, 80 % dos pacientes com AVC são tratados em hospitais públicos do Sistema Único de Saúde (SUS).
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