“A cinoterapia é um método no qual o cachorro atua como mediador de um tratamento. O objetivo é incluir essa terapia no plano de tratamento das crianças, buscando amenizar a estadia delas no hospital”, disse a terapeuta ocupacional e cinoterapeuta do HBL, Andréa Souza. Todo o trabalho é realizado no pátio da instituição e apenas as crianças com autorização médica poderão participar. No entanto, a intenção é que o projeto passe a funcionar semanalmente e contemple, no futuro, os pacientes que não podem sair da ala hospitalar. “Queremos levar o cão para dentro da enfermaria. Hoje, regiões do Sul e Sudeste do País já fazem esse trabalho. Existem pesquisas comprovando que os cães ajudam a diminuir a depressão e aumentar a afetividade e as defesas do corpo”, acrescentou a especialista. A terapia dura cerca de uma hora, e ainda não tem um dia fixo na semana para acontecer.
No primeiro dia do projeto, em meio aos soros e agulhas, as cerca de oito crianças puderam esquecer um pouco a dor. A brincadeira rolou solta com os cães das raças Golden Retriever, Fox Paulista, Dachshund e Border Collie, que foram selecionados por serem mais sociáveis e dóceis. “Foi feito um trabalho de adestramento com os cães para que pudesse haver essa interação”, explicou o diretor de adestramento do Kennel Club de Pernambuco, Joaquim Cavalcanti. O Club estará em parceria com o hospital no projeto. Quem também abraçou a causa foi o voluntário do HBL, José Ivan Sobral. Dos 11 cães que tem em casa, acabou levando a cadela Florzinha, da raça Dachshund, para apresentar aos pacientes. “Eles ficam encantados. Muitos, que não conseguem fazer os exercícios de fisioterapia, acabam realizando os movimentos quando estão na presença dos animais”, contou ele, que já participou de outras cinoterapias.

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