Quatro meses
depois da morte da galerista Anna Maria Niemeyer, filha única de Oscar
Niemeyer, sua vasta coleção de obras de arte vai a leilão no Rio. São
750 itens à venda, neles incluídos mais de cem desenhos originais do
arquiteto, que também assinou móveis e imagens femininas de traços
econômicos impregnadas de poesia.
A expectativa é de que os 557 lotes levantem, no mínimo, R$ 5 milhões, a serem distribuídos pelos quatro filhos de Anna Maria. Entre as peças assinadas por Niemeyer, raras em leilões, estão serigrafias, esculturas e um relógio de uma edição especial em homenagem a Juscelino Kubitschek que ele deu de presente à filha em 2002. Tudo junto vale pelo menos R$ 1.447.800.
Do conjunto do arquiteto, o item mais barato é um cartaz feito para um salão de arte mineiro em 1983, com lance inicial de R$ 650. O mais caro, o conjunto formado por uma poltrona e uma banqueta estofadas em couro, a R$ 44 mil. Anna Maria, que era designer de interiores e trabalhou com o pai na execução do mobiliário de prédios públicos de Brasília, também assinou várias peças.
Textos. Alguns desenhos vêm com pequenos textos em que Niemeyer declarou suas intenções. Por exemplo, o monumento desenhado para a Petrobrás em 2003 por ocasião do cinquentenário da empresa. "As duas formas abstratas que desenhei podem exprimir, no seu movimento ascendente, a competência e o patriotismo que marcaram estes 50 anos de vitórias sucessivas da Petrobrás em nosso País."
Na singela imagem de um homem solitário que desenhou sobre a superfície da Terra, escreveu: "Vale a pena o céu, sentir como o ser humano é frágil, insignificante, sem perspectiva. Mas sem esquecer que a vida tem de ser vivida e rir e chorar é o nosso destino."
"São imagens que pouca gente conhece", diz Soraia Cals, a organizadora do leilão, marcado para os dias 29, 30 e 31 e 1.º de novembro, em Copacabana. O leiloeiro será Evandro Carneiro.
"Tem coisas que minha mãe guardava desde que era menina", conta a filha Ana Elisa Niemeyer, que, como os irmãos, retirou do leilão objetos de valor afetivo. Já os demais descendentes não tiveram a mesma oportunidade, conta o neto Paulo Sérgio Niemeyer, filho de Ana Elisa. "Se puder, vou comprar alguma coisa no leilão."
Internado. Nesta segunda-feira, 22, Niemeyer, que tem 104 anos, continuava internado no Hospital Samaritano. Lúcido, alimentava-se normalmente.
A expectativa é de que os 557 lotes levantem, no mínimo, R$ 5 milhões, a serem distribuídos pelos quatro filhos de Anna Maria. Entre as peças assinadas por Niemeyer, raras em leilões, estão serigrafias, esculturas e um relógio de uma edição especial em homenagem a Juscelino Kubitschek que ele deu de presente à filha em 2002. Tudo junto vale pelo menos R$ 1.447.800.
Do conjunto do arquiteto, o item mais barato é um cartaz feito para um salão de arte mineiro em 1983, com lance inicial de R$ 650. O mais caro, o conjunto formado por uma poltrona e uma banqueta estofadas em couro, a R$ 44 mil. Anna Maria, que era designer de interiores e trabalhou com o pai na execução do mobiliário de prédios públicos de Brasília, também assinou várias peças.
Textos. Alguns desenhos vêm com pequenos textos em que Niemeyer declarou suas intenções. Por exemplo, o monumento desenhado para a Petrobrás em 2003 por ocasião do cinquentenário da empresa. "As duas formas abstratas que desenhei podem exprimir, no seu movimento ascendente, a competência e o patriotismo que marcaram estes 50 anos de vitórias sucessivas da Petrobrás em nosso País."
Na singela imagem de um homem solitário que desenhou sobre a superfície da Terra, escreveu: "Vale a pena o céu, sentir como o ser humano é frágil, insignificante, sem perspectiva. Mas sem esquecer que a vida tem de ser vivida e rir e chorar é o nosso destino."
"São imagens que pouca gente conhece", diz Soraia Cals, a organizadora do leilão, marcado para os dias 29, 30 e 31 e 1.º de novembro, em Copacabana. O leiloeiro será Evandro Carneiro.
"Tem coisas que minha mãe guardava desde que era menina", conta a filha Ana Elisa Niemeyer, que, como os irmãos, retirou do leilão objetos de valor afetivo. Já os demais descendentes não tiveram a mesma oportunidade, conta o neto Paulo Sérgio Niemeyer, filho de Ana Elisa. "Se puder, vou comprar alguma coisa no leilão."
Internado. Nesta segunda-feira, 22, Niemeyer, que tem 104 anos, continuava internado no Hospital Samaritano. Lúcido, alimentava-se normalmente.
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