O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, está hnesta
segunda-feira (15) em Ramalah, na Palestina. Em pauta, a paz no Oriente
Médio, a campanha brasileira em favor do desarmamento nuclear e da não
proliferação de armas nucleares. O Brasil defende a criação de uma zona
livre de armas de destruição em massa na região. É a primeira visita de
um chanceler brasileiro desde o reconhecimento da Palestina como Estado,
em dezembro de 2010.
Patriota tem reuniões com o presidente da Autoridade Nacional Palestina
(ANP), Mahmoud Abbas, o primeiro-ministro Salam Fayyad, o ministro Riad
Malki (Relações Exteriores) e o negociador-chefe da Organização para
Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat.
O chanceler deverá conversar também sobre projetos de cooperação em
áreas como saúde, urbanismo e agricultura. As relações econômicas entre o
Brasil e a Palestina têm potencial de crescimento, segundo o Ministério
das Relações Exteriores.
Em 2011, primeio ano de registro, o intercâmbio comercial foi US$ 15,8
milhões. No primeiro semestre de 2012, chegou a US$ 10,6 milhões. Um
acordo de livre comércio Mercosul-Palestina, firmado em 2011,
possibilitará o fortalecimento dessas relações, segundo os negociadores
brasileiros e palestinos.
O governo do Brasil é favorável à criação de um Estado da Palestina
autônomo e independente. Para as autoridades brasileiras, as negociações
entre as partes devem ser conduzidas sem ameaças à segurança na região.
Em seus discursos, a presidenta Dilma Rousseff ratifica que o
reconhecimento da Palestina é a única solução de paz entre os dois
povos.
Neste domingo (14), Patriota encerrou a visita a Israel. Na conversa com
o presidente israelense, Shimon Peres, ele colocou o Brasil à
disposição para mediar a paz no Oriente Médio. Lembrou que o Brasil é
país sem inimigos tendo, portanto, condições de colaborar com as
negociações para o fim do conflito.
Durante a reunião, Peres disse que o Brasil deve boicotar o governo do
presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. “Esperamos que o Brasil boicote
futuros encontros com Ahmadinejad”, acrescentou, em comunicado oficial.
As relações econômicas entre o Brasil e Israel tem sido ampliadas a
partir do acordo de livre comércio (do Mercosul com Israel) em vigor
desde 2010. De 2002 a 2011, o intercâmbio comercial aumentou 215%,
passando de US$ 445 milhões para US$ 1,4 bilhão.
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