"O trabalho do grupo de inteligência de Porto Alegre, com o apoio da polícia de Santa Maria, coleta informações também pelas redes sociais. Qualquer tipo de depoimento ou informação estão sendo coletados para que possa servir de provas futuras na investigação", afirmou o delegado.
Quatro foram presos nesta segunda após a tragédia: o dono da boate, Elissandro Calegaro Spohr, o sócio, Mauro Hofffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que fazia um show pirotécnico que teria dado início ao incêndio, segundo informações do delegado Sandro Meinerz, responsável pelo caso.
Spohr, conhecido como Kiko, está um hospital de Cruz Alta sob custódia, em estado regular por ter inalado fumaça e deve seguir internado por dois dias. Depois, será encaminhado para Santa Maria. O vocalista e um responsável pela segurança do palco da banda foram detidos na cidade de Mata. Hoffmann presta depoimento nesta segunda.
O primeiro a prestar depoimento, na manhã de domingo, foi o dono da boate. Segundo o delegado Meinerz, Sphor afirmou à Polícia Civil que sabia que o alvará de funcionamento estava vencido, mas que já havia pedido a renovação. Ele também culpou a banda Gurizada Fandangueira pelo início do incêndio.
Spohr, que estava no local durante o incêndio, também negou que tenha ordenado aos seguranças que impedissem a saída dos jovens, conforme o delegado. Ele também negou ter retirado o computador que armazenava as imagens gravadas pelas câmeras de segurança da boate. O computador com as gravações sumiu do local, segundo Meinerz.
Incêndio
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico.
Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.
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