Pequim - A China anunciou neste domingo o plano para racionalizar ministérios, acabando com o poderoso ministério das Ferrovias, unindo dois órgãos de regulação da mídia e realinhando outros órgãos públicos, em uma tentativa de aumentar a eficiência.
O plano, apresentado para apreciação da legislatura nacional, está sendo levado adiante pela recém instalada liderança do Partido Comunista e reflete as prioridades do novo governo de reduzir o desperdício e abordar questões de qualidade de vida, relevantes para uma sociedade mais próspera e exigente.
No geral o realinhamento proposto acabaria com quatro agências e diminuiria o número de ministérios para 25 (corte de dois ministérios).
Entre as mudanças, o ministério de Ferrovias, assolado pela corrupção, será dividido. A sua responsabilidade regulatória irá para o ministério dos Transportes e suas operações, para uma entidade comercial. A agência de alimentos e medicamentos terá sua autoridade ampliada para tentar acabar com os escândalos de segurança que têm sido uma fonte de indignação pública. Dois braços da censura, uma para radiodifusores e outra para mídia impressa, serão fundidos.
A reestruturação, sétima desde que a China iniciou reformas de mercado há 30 anos,
marca a mais recente tentativa de reduzir a intromissão do governo na economia e na sociedade. Apesar do esforço, o papel do governo na economia e o poder de empresas estatais têm crescido ao longo da última década, muitas vezes em detrimento das empresas privadas e estrangeiras, que enfrentam um amontoado de políticas industriais, que impõem barreiras às operações.
Desta vez, o plano de racionalização inclui diretrizes para restringir e definir melhor as responsabilidades do governo central, limitando a quantidade de licenças necessárias para projetos e o estabelecimento de normas e outras políticas que têm retardado a tomada de decisões.
"Departamentos do Conselho de Estado estão agora se concentrando demais em questões micro.
Devemos cuidar de nossos deveres e não nos intrometermos no que não é da nossa alçada", disse Ma Kai, secretário-geral do Conselho de Estado aos legisladores. Ele afirmou ainda a sobreposição de funções governamentais muitas vezes leva à dificuldade de apontar um responsável claro por determinada atividade.
A população tem se queixado da ineficiência do governo e por essa razão "devemos ousar avançar, quebrando o osso duro da reforma estrutural", afirmou Wang Feng, um funcionário do escritório do Partido Comunista envolvido na elaboração do programa de reforma, segundo a agência estatal Xinhua. As informações são da Dow Jones.
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