
Gleisi afirmou que o planejamento integral do setor há de ser uma tarefa de responsabilidade da União e que as decisões sobre os portos não cabe a um Estado específico e citou Pernambuco. Segundo ela, cabe "a todos, de maneira integrada".
A ministra, que foi escalada pelo governo para participar da audiência e responder às intervenções do governador, deu mais uma resposta a Eduardo Campos: "Não podemos tratar um porto de maneira isolada, por mais eficiente que seja."
Antes da fala de Gleisi, Campos fez uma apresentação evidenciando a eficiência do Porto de Suape, em Pernambuco. Campos também falou que é contra a proposta de os Estados brasileiros "perderem a autonomia" para fazer licitações nos terminais portuários - tarefa que passaria à União.
O governador afirmou ser favorável a um planejamento nacional que intensifique a concorrência - que é o propósito da MP dos Portos, conforme o governo -, mas que isso não pode ser feito atingindo o pacto federativo. "Não precisa agredir os Estados", disse. Ele sustenta que os Estados vêm perdendo autonomia nesse setor. "O que restou da autonomia é importante manter."
RECADO - Ao chegar para audiência pública, Campos foi questionado sobre o discurso desta segunda-feira (25) da presidente Dilma Rousseff, que cobrou "coalizão" dos aliados do Planalto. Em tom irritado, o governador afirmou: "A Dilma não é mulher de mandar recado, nem eu sou homem de receber recado. Ela não é dada a esse tipo de coisa, nem eu sou dado".
O governador participa da audiência juntamente com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Os governadores petistas Tarso Genro (RS) e Jaques Wagner (BA) foram convidados, mas não compareceram ao evento.
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