A apresentação de detalhes, pela Comissão da Verdade de Pernambuco, sobre as circunstâncias do assassinato do padre Henrique Pereira Neto, em 1969, foi objeto de pronunciamentos, nesta terça-feira (23), da deputada Terezinha Nunes (PSDB) e do líder do governo, deputado Waldemar Borges (PSB). O religioso foi um dos principais assessores do então arcebispo de Olinda e Recife, Dom Helder Camara.
Terezinha Nunes lembrou que somente agora, com o apoio da Comissão da Verdade Nacional, e com base em documentos oficiais, já não restam dúvidas de que se tratou de uma ação política para atingir Dom Helder.
Na opinião da deputada, causa perplexidade o fato de o ministro da Justiça da época, Alfredo Busaid, estar envolvido na omissão do inquérito da polícia pernambucana, que confirmava como autores do crime o estudante Rogério Matos Nascimento, então com 17 anos, Jerônimo Gibson Duarte Rodrigues, e os investigadores de Polícia Rível Rocha e Humberto Serrano de Souza.
Waldemar Borges informou que enviou requerimento à Mesa Diretora para concessão de Voto de Aplausos à Comissão da Verdade de Pernambuco, ressaltando que, mesmo com o crime prescrito, é importante revisitar a história para que tais fatos não se repitam.
O deputado lembrou que, neste período histórico do Brasil, muitos jovens foram perseguidos, torturados, mutilados e mortos. Waldemar Borges ressaltou que o caso do Padre Henrique teve repercussão nacional e internacional, assim como a morte do jornalista Vladimir Herzog.
Da Assembleia Legislativa
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