quarta-feira, 3 de abril de 2013

Índios reivindicam política de educação e revogação de PECs que ameaçam terra


Cerca de 1600 índios, representantes de todas as nações indígenas do Estado, de diversas cidades como Pesqueira, Floresta e Águas Belas, todas situadas no interior de Pernambuco seguiram em passeata do Marco Zero, Bairro do Recife, até a Assembleia Legislativa de Pernambuco, na manhã desta quarta-feira (03). Cerca de 50 deles se reuniram com a deputada federal, Teresa Leitão (PT), representantes da Comissão de Educação e de Direitos Humanos, a Secretaria de Educação, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe).
Eles reivindicam a criação da categoria de professor, atividade que há 12 anos é exercida com base em contratos temporários; além disso, também pedem a garantia do direito a terra, ameaçado por duas Propostas de Emenda Constitucional (PEC), em tramitação no Congresso Nacional e na Câmara dos Deputados.
“As PECs 215 e 038 ferem dois capítulos que garantem o direito indígena a terra. É uma ameaça direta a todos os territórios hoje ocupados por nós. As PECs pedem a reversão da remarcação dessas terras demarcadas e regularizadas. Seremos penalizados. Tem povo que está na terra há mais de 100 anos. E as políticas públicas dos povos indígenas se dão por meio do direito a terra. Então, se nós não tivermos isso, não teremos mais direito a educação e saúde, por exemplo”, enfatizou Neguinho Truká, cacique do povo indígena Truká.
Ele ainda cita como uma grande perda a presença do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, um pastor da bancada evangélica. "Aquele era um dos únicos espaços que tínhamos para reivindicar os nossos direitos e, pela conduta de Marco Feliciano frente algumas questões, nós temos medo de também termos perdido esse espaço", destacou. Na ocasião, puderam-se ver faixas pedindo a saída do deputado

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