sexta-feira, 24 de maio de 2013

Baseado nos personagens criados por William Joyce (A origem dos guardiões), o roteiro da animação Reino Escondido (que estreia nos cinemas nesta sexta-feira) introduz a ideia de que o equilíbrio da natureza é mantido graças a uma luta silenciosa entre o bem e o mal, que talvez possa ser testemunhada observando-se com atenção alguma paisagem natural. 

Nesse contexto, somos apresentados à jovem Maria Catarina, que, meio a contragosto, acaba de seu mudar para a casa de seu pai, o professor Bomba, cuja pesquisa em torno da suposta civilização de minúsculos defensores da floresta se estende por longos anos. 

Aspirando uma atmosfera de fábula épica, Reino escondido tenta encobrir a inconsistência de seu universo e a precariedade de sua narrativa através de um design de produção absolutamente arrebatador – e chega perto de conseguir. A floresta concebida pela equipe é irrepreensível em sua biodiversidade e na riqueza de detalhes, surgindo igualmente admirável e ainda mais grandiosa quando vista pela ótica dos pequenos personagens. 

Além disso, a animação de todos os componentes do cenário e, principalmente, dos personagens é impecável – e a expressividade de Maria chama atenção pela sutileza e pela abrangência de emoções. Surpreendente, se o roteiro fosse, pelo menos, interessante e original.

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