segunda-feira, 27 de maio de 2013

Técnicos voltam a residencial e constatam que rachaduras aumentaram

Uma equipe de técnicos da Secretaria-Executiva de Defesa Civil esteve, na manhã desta segunda-feira
(27), nos blocos A1 e A2 do conjunto residencial Eldorado, no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife, para dar andamento ao laudo técnico e monitoramento das estruturas que apresentam diversas rachaduras. Só após o resultado desse trabalho, será determinada a data da demolição dos prédios, que já estão condenados.
Os problemas foram percebidos na última sexta-feira (24), sendo necessária a evacuação dos dois prédios. No bloco A2, uma família ainda permanecia, e os objetos começaram a ser retirados nesta segunda-feira, enquanto as família do A1, ainda não sabem se poderão recuperar seus pertences. As duas estruturas condenadas continuam interditadas e foram isoladas com tapumes pela Defesa Civil. Adesivos de alerta também foram colocados no local para evitar que pessoas se aproximem.
Nesta manhã, as famílias do A1 estiveram reunidas, na tentativa de entrar nos apartamentos. Mas, segundo os técnicos, o acesso não pode ser permitido. “Pelo que podemos observar, o quadro está evoluindo. Não podemos dar a resposta para as famílias porque precisamos fazer um maior monitoramento”, explicou a gestora de análise tecnológica da Defesa Civil, Elaine Holanda.
A equipe finaliza um relatório feito na sexta-feira e no sábado, onde realizaram também vistorias nos outros blocos, para saber dos potenciais riscos e o que os moradores devem fazer. Esse documento deve ficar pronto entre 10 e 15 dias. Segundo os moradores, o clima em todo o residencial é de tensão. Até mesmo as famílias que moram nos blocos aparentemente sem risco, já planejam a saída do local. Enquanto os moradores prejudicados não sabem o que realmente vai acontecer, começam a trabalhar na busca por indenização. Para isso, vão se reunir às 20h desta segunda-feira, para saber como irão proceder na contratação do advogado.

Cada um dos 14 blocos do residencial Eldorado contém 16 apartamentos. Com isso, 32 famílias ficaram prejudicadas nas duas edificações. Todas foram encaminhadas para casa de parentes e amigos, tendo sido necessária a desocupação imediata do bloco A1, durante a manhã da última sexta-feira. No dia seguinte, os moradores do bloco A2 foram autorizados a entrar nos apartamentos para retirar seus bens. A informação, de acordo com a Defesa Civil, é de que em 2008, uma equipe do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) fez uma vistoria nos prédios e constatou que a estrutura do A1 corria risco.

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