Uma placa na janela promovia
"piña colada" como o sabor do mês. Uma mulher vestindo uma jaqueta
Chanel disse que queria experimentar pêssego.Mas isso não era um templo da gastronomia. Era uma das muitas lojas de cigarros eletrônicos que vêm surgindo em Paris, e também em inúmeras cidades da Europa e Estados Unidos. Dentro da boutique ClopiNette, os clientes podem escolher entre mais de 60 sabores de nicotina líquida – incluindo Marlboro e Lucky Strike –, tudo em diferentes intensidades e organizados em fileiras por cores (ClopiNette é uma brincadeira com "clope", gíria em francês para cigarro).
"É como visitar uma loja da Nespresso", afirmou Anne Stephan, advogada especializada em questões de saúde em um escritório de advocacia na região.
O que a levou à loja é um
desejo compartilhado por muitos: eles desejam parar de fumar tabaco, mas
não querem cortar o hábito de fumar. Após fumar 20 cigarros por dia
durante 25 anos e não conseguir parar, Stephan disse ter cortado para um
cigarro por dia nos três meses desde que começou a baforar o chamado
cigarro eletrônico. Usando tecnologia que transforma propilenoglicol
infundido em nicotina em um vapor inalável, fumar um cigarro eletrônico
parece quase a mesma coisa – sem o odor de cinzeiro.Embora os cigarros eletrônicos ainda sejam uma fração do mercado de produtos do fumo nos Estados Unidos (US$80 bilhões por ano), a crescente popularidade da prática já causou um confronto, na Europa, entre varejistas e reguladores. Recentemente, o governo britânico anunciou que começaria a tratar os cigarros eletrônicos como medicamentos, "para que as pessoas usando esses produtos tenham a confiança de que eles são seguros, de boa qualidade e funcionam".
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