Moradores do Residencial Eldorado, reunem-se nesta terça-feira com membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE). O encontro foi marcado pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PE, João Olímpio Valença de Mendonça para as 20h, no próprio condomínio, localizado o bairro do Arruda.
Na ocasião, o advogado irá orientar as famílias sobre os procedimentos legais que devem tomar, diante da ordem da Secretaria Executiva de Defesa Civil do Recife (Secon), que interditou todos os 14 blocos. A medida foi anuncada na manhã da quinta-feira passada aos moradores de todos os 224 apartamentos. Na ocasião, as famílias foram orientadas a deixar os imóveis e, desde então, iniciaram a coleta de documentação para ingressar com uma ação na Justiça.
Em protesto na noite desta segunda-feira, os moradores informaram que só vão sair do imóvel quando receberem o auxílio-alugues. Na última semana, em reunião o vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal (CEF), Teotônio Costa Rezende, e representantes dos ministérios das Cidades e da Fazenda, o prefeito Geraldo Julio fez a solicitação, mas a Caixa informou que só pagará o benefício sob determinação judicial.
Os proprietários dos 224 apartamentos levaram faixas informando que não vão deixar suas casas até que a Caixa Econômica Federal pague o auxílio. As 170 famílias que permanecem no local têm até o próximo dia 14 para fazer a mudança. Os moradores do bloco C2 afirmaram ouvir estalos na estrutura do prédio na noite deste domingo. Apenas os moradores do A1 e A2, os primeiros a serem interditados já removeram suas coisa e não ficaram nos apartamentos.
Processo
O impasse quanto ao pagamento de auxílio-aluguel para os moradores do Conjunto Residencial Eldorado pode chegar ao fim ainda nesta semana. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vai entrar com uma ação civil pública contra a Caixa Econômica Federal (Caixa) e a seguradora do banco, pedindo em caráter liminar o pagamento do benefício para todas as 224 famílias prejudicadas com a interdição. A decisão foi anunciada em audiência realizada a pedido da Prefeitura do Recife, na manhã de ontem.
Proprietária do apartamento 3 do bloco C2, a comerciante Simone Melo, 50 anos, disse que está dormindo na sala, mas que não vai deixar o apartamento até receber o auxílio-aluguel. “Os aluguéis de R$ 800,00 passaram para R$ 1.500,00 para apartamento de dois quartos (dois a menos que no Eldorado”, disse Simone.
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