Sérgio Guerra vota a favor da PEC 37 e alega erro
O deputado federal por Pernambuco Sérgio Guerra (PSDB) foi um dos nove
parlamentares que votaram a favor da Proposta de Emenda à Constituição
37, a PEC 37, que tira o poder de investigação criminal dos Ministérios
Públicos federal e estaduais, tornando tarefa exclusiva das polícias
Civil e Federal. Poucos minutos após a votação, o tucano foi alvo de
críticas nas redes sociais. No Twitter, ele disse que houve uma “pequena
confusão”. “Errei meu voto. Tanto sou contra a proposta que a bancada
do meu partido fechou voto contrário”, explicou.
Ele pediu à mesa diretora para corrigir o equívoco na ata. A PEC 37 foi
apresentada pelo deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), em 2011. Naquele
ano, para que ela pudesse iniciar seu trâmite no Congresso Nacional, o
parlamentar conseguiu 207 assinaturas de colegas – eram necessárias 171.
O texto da PEC possuía apenas dois artigos e quatro laudas de
justificativa. Nele, Lourival Mendes argumentava que a falta de regras
claras quanto à atuação dos órgãos de segurança pública tem causado
problemas ao processo jurídico no Brasil, sendo observados procedimentos
informais de investigação produzidos sem controle.
Quem era
favorável à proposta também questionava o fato de o mesmo órgão - no
caso, o Ministério Público - participar de processos diferentes de uma
denúncia, como a investigação, o indiciamento e a apresentação da
acusação. Após aprovação na Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania (CCJC) – a relatoria foi do deputado Arnaldo Faria de Sá
(PTB-SP) –, a matéria estava prevista para ser votada na Câmara dos
Deputados no último dia 26, mas, foi adiada pelo presidente da Casa,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). A decisão foi motivada por falta de
acordo entre representantes do Ministério da Justiça, do Ministério
Público e das policias Civil e Federal, que formaram um grupo de
trabalho para discutir o assunto.
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