O empresário Alexsandro Ishisato de Azevedo, de 37 anos, que
atropelou 13 pessoas durante um protesto em Ribeirão Preto, interior de
São Paulo, foi indiciado por cinco crimes pela Polícia Civil. O processo
foi encaminhado à Justiça na tarde dessa segunda-feira, 15, e nele
Azevedo responde a dez acusações em cinco crimes diferentes. Ele é
denunciado por um homicídio, quatro tentativas de homicídio doloso (com
intenção de matar), três lesões corporais, fuga do local do acidente e
omissão de socorro.
No dia 20 de junho, Azevedo atropelou
13 manifestantes, entre eles o estudante Marcos Delefrate, de 18 anos,
que morreu no local. O delegado Paulo Henrique Martins, responsável pelo
caso, diz acreditar que o acidente foi uma ação proposital do acusado,
que teria avançado seu carro contra os manifestantes. Isso porque havia
outras alternativas em vez de tentar atravessar o protesto.
Martins
contou que nem o acusado ou sua defesa fizeram qualquer contato com a
polícia, informando se ele irá ou não se apresentar. Diante disso, foi
pedida sua prisão preventiva para evitar que a temporária perca a
validade, dessa forma ele continua sendo considerado foragido da Justiça
até o julgamento. Diligências foram realizadas, mas não há pistas de
onde ele possa estar escondido.
O caso. No dia da
manifestação, o empresário saía de um supermercado quando se deparou com
o ato contra o valor da tarifa de ônibus que acontecia no cruzamento
das Avenidas João Fiúsa e José Adolfo Bianco Molina, na zona sul de
Ribeirão Preto. Após discutir com manifestantes, avançou com sua Range
Rover blindada sobre eles, matando o estudante. Outras pessoas tiveram
ferimentos graves e duas delas, apesar de já estarem em casa, seguem com
sequelas e em tratamento.
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