O ex-presidente Lula prometeu que só iria falar sobre o mensalão após a conclusão de todo o processo, incluindo as prisões dos condenados no julgamento da Ação Penal 470. Ainda falta muita gente ser presa e os embargos infringentes serem julgados, mas o cacique-mor do PT parece não ter se contido e a promessa foi engolida por sua vontade de marcar posição sobre o assunto.
Durante encontro de prefeitos e vice-prefeitos petistas do ABC paulista, o ex-chefe da Nação criticou, veladamente, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, que ordenou as detenções, e, claro, jogou com a questão eleitoral. Afinal, a sucessão da presidente Dilma Rousseff será no próximo ano.
“A resposta que a gente vai dar para eles é garantir o segundo mandato da companheira Dilma Rousseff. E se em algum momento faltar argumento para dizer por que que a Dilma tem que ter um segundo mandato, vocês falam: ‘porque o Lula foi melhor no seu segundo mandato, e ela vai ser melhor no segundo mandato’”, afirmou o petista.
Lula passou mais de meia hora discursando ao seu estilo. Listando conquistas sociais atribuídas ao PT, o ex-presidente afirmou que o seu partido é alvo de ataques por conta desse “sucesso”. Chegou a dizer que o que está ocorrendo, com processo do mensalão, é fruto do “ódio disseminado” contra os petistas.
“Hoje nós temos companheiros condenados. Temos sentença dada. A pena de cada companheiro está determinada já. Mas o que não pode é tentar tripudiar em cima da condenação das pessoas, sem respeitar o histórico das pessoas e a lei. Tem uma lei, tem uma decisão e o que nós queremos é que a decisão seja cumprida tal como ela foi determinada, e não pela vontade de alguém”, disse o ex-presidente.
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