O governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB) voltou a declarar-se a favor do fim da reeleição no país. Esse discurso, inclusive, coincide com o pensamento dos neo-socialistas originários da Rede, de Marina Silva, que têm esse tema como uma de suas bandeiras.
A questão surgiu novamente após a Folha de São Paulo publicar uma reportagem sobre um relatório divulgado pelo Banco Mundial, que destaca que a eleição acarreta em riscos para a economia do Brasil, porque inibe os governantes a tomarem medidas coercitivas necessárias para conter problemas, como a inflação, que podem soar como negativas no contexto eleitoral.
Veja abaixo o comentário de Eduardo Campos em sua página no Facebook:
Quero comentar duas coisas sobre essa notícia:
1. Sou defensor do fim da reeleição. Não é possível que o país, os estados e os municípios fiquem reféns de projetos eleitorais. No vale-tudo partidário, mais 4 anos de mandato são mais importantes que as soluções que a população precisa.
Defendo mandato único para cargos executivos e eleições casadas. Porque todo ano no Brasil é eleitoral ou pré-eleitoral. E o país vive em função das urnas. Com eleições casadas, evitamos também que um político deixe o mandato no meio para concorrer a outro cargo.
Deixo essa ideia para avaliação de vocês.
2. Não é de hoje que estamos alertando a respeito da deterioração da nossa economia. Temos o pior cenário possível, crescimento baixo e inflação em alta.
Fingir que isso não está acontecendo e que tudo está bem não vai fazer o problema se resolver sozinho ou por mágica. Precisamos resgatar a credibilidade das contas públicas dentro e fora do país. Acabar com manobras contábeis para passar a ideia de que não há crise. Basta ver a situação da Petrobras para perceber que não vamos bem.
As conquistas econômicas e sociais do Plano Real para cá estão de fato ameaçadas. É preciso agir e agir rápido.
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