O primeiro andar do espaço aproveita a área de 1 mil m² para apresentar ao público 150 peças de Dalí, entre pinturas, desenhos, gravuras, fotografias e documentos sobre sua obra. Quem só conhece o lado surrealista do espanhol se surpreende com a sua vasta trajetória – de 1920 até 1989 – que passa por cubismo, impressionismo, abstrato até chegar ao surrealismo. De acordo com a curadoria, foi feito um recorte dos períodos mais importante do curso da história do artista.
A sala principal está dedicada ao surrealismo, há muitas obras surrealistas. Mas, naturalmente, quisemos apresentar toda a trajetória de Dalí. A primeira fase de Dalí não é nada conhecida no Brasil e a sua última também não. A princípio havíamos pensado em uma mostra apenas de surrealismo, mas decidimos que era muito importante mostrar toda sua obra. Há muita documentação para contextualizar esse Dalí”, disse Montse Aguer, curadora da exposição e diretora do Centro de Estudos Dalinianos da Fundação Gala-Salvador Dalí, que conheceu Dalí e trabalhou ao seu lado de 1986 até 1989, quando morreu.
A mostra reúne capas de revistas estampadas com Dalí em todo o mundo, dois comerciais dos quais ele fez parte, um filme de 1970 intitulado "Salvador Dalí" e um trecho de ‘Quando fala ao coração’, de Alfred Hitchcock, produzido pelo pintor catalão. Hitchcock queria representar os sonhos em sua película e convidou Dalí para fazer as pinturas. Muitos autorretratos estão espalhados pela exposição, já que, segundo a curadora, o espanhol tinha uma obsessão pela imortalidade.
Ao todo foram cinco anos unindo as três mais importantes coleções de Salvador Dalí – Fundação Gala- Salvador Dalí, Museu Nacional Centro de Arte Reino Sofía e Museu Salvador Dalí - para dar origem a esta exposição. Criada com exclusividade para o Brasil, após a estreia no Rio a exposição segue para o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, entre outubro e dezembro. Segundo Montse Aguer, 95% do material são inéditos no Brasil.
Obras
Será possível ver as telas do período de sua formação como pintor – “Retrato del padre y casa de Es Llaner”, de 1920, e o “Autorretrato cubista”, de 23. A fase surrealista, que deu fama mundial ao catalão, será retratada em telas que apresentam seu método paranóico-crítico de interpretação da realidade, com obras muito significativas como “El sentimiento de velocidad” (1931), “Monumento imperial a la mujer-niña” (1929), “Figura y drapeado en un paisaje” (1935) e “Paisaje pagano medio” (1937).
Será possível ver as telas do período de sua formação como pintor – “Retrato del padre y casa de Es Llaner”, de 1920, e o “Autorretrato cubista”, de 23. A fase surrealista, que deu fama mundial ao catalão, será retratada em telas que apresentam seu método paranóico-crítico de interpretação da realidade, com obras muito significativas como “El sentimiento de velocidad” (1931), “Monumento imperial a la mujer-niña” (1929), “Figura y drapeado en un paisaje” (1935) e “Paisaje pagano medio” (1937).
O público poderá conferir ainda a contribuição de Dalí para a sétima arte. Os filmes "O cão andaluz" ("Le chien andalou", 1929) e "A idade do ouro" (L’age d’Or, 1930), codirigidos por Salvador Dalí e Luís Buñel, e "Quando fala o coração" ("Spellbound", 1945), de Alfred Hitchcock, cujas cenas do sonho foram desenhadas pelo artista, serão exibidos dentro do espaço expositivo, apresentando um pouco da diversidade e da linguagem adotada por Dalí.
O acervo conta também com documentos e livros da biblioteca particular do artista, provenientes do arquivo do Centro de Estudos Dalilianos, que dialogam com as pinturas proporcionando ao visitante uma viagem biográfica e artística pela carreira do pintor.
É o caso dos títulos "Imaculada Conceição" (1930), de André Breton e Paul Eluard, e "Onan" (1934), de Georges Hugnet. As raridades tiveram seus frontispícios assinados por Salvador Dalí e retratam as bases do surrealismo na literatura. O conjunto conta com os desenhos criados para ilustrar o livro "Cantos de Maldoror" (1869), que inspirou muitos artistas do período, tanto por seu tema quanto por sua descrição de um mundo onírico, tornando o seu autor – Isisdore Ducasse, conhecido como Conde de Lautrémont – um dos precursores do movimento. As ilustrações feitas para os clássicos da literatura mundial Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, e Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, completam a mostra.
Salvador Dalí
Exposição: de 30 de maio a 22 de setembro.
Quando: de quarta a segunda, das 9h às 21h.
Onde: Rua Primeiro de Março, 66. Centro, Rio de Janeiro, RJ. 20010-000
Contato: (21) 3808-2020 ou ccbbrio@bb.com.br
Exposição: de 30 de maio a 22 de setembro.
Quando: de quarta a segunda, das 9h às 21h.
Onde: Rua Primeiro de Março, 66. Centro, Rio de Janeiro, RJ. 20010-000
Contato: (21) 3808-2020 ou ccbbrio@bb.com.br
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