O deputado federal Pastor Eurico (PSB) se mostrou indignado com a nota oficial emitida pela liderança do PSB na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (21), na qual foi comunicada a destituição do parlamentar de sua vaga na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) por conta de supostas ofensas feitas à apresentadora de televisão Xuxa Meneghel.
Em entrevista ao Blog da Folha, o deputado disse não ter sido comunicado oficialmente pelo partido, mas afirmou que não iria parar de falar na CCJ, mesmo que não tenha mais direito de votar na comissão. “Isso é um absurdo e uma injustiça. Como parlamentar eu tenho o direito de falar nas sessões, mesmo que não possa votar. Eu posso sair da comissão, mas não vou calar minha voz”, afirmou.
As supostas ofensas ocorreram durante debate na reunião ordinária da CCJ desta quarta-feira acerca do Projeto de Lei 7672/10, apelidado de “Lei da Palmada”, que trata das agressões contra menores de idade. Na ocasião, a apresentadora esteve presente no local e o deputado questionou a participação dela no filme “Amor Estranho Amor”, no qual Xuxa Meneghel protagonizou uma cena de sexo com uma criança de 12 anos.
Pastor Eurico não demonstrou arrependimento e considerou a presença da apresentadora como uma afronta aos parlamentares religiosos que criticam o projeto. “Violência não é só tapa, mas sim ações psicológicas contra menores. Ela foi convidada ao plenário e questionei por que ela aparecia em cenas de sexo explícito com crianças. Por se tratar da chamada ‘Rainha dos Baixinhos’ houve essa retaliação. Hoje se busca o passado de militares e parlamentares. Por qual motivo seria diferente com ela? No momento vou esperar a notificação oficial do partido e depois verei o que se pode fazer”, declarou.
Fonte: Folha PE
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