Os dois satélites IOV, do sistema europeu de GPS, foram lançados com sucesso esta manhã em Kourou, na Guiana Francesa.
O lançamento do foguetão russo Soiuz aconteceu hoje às 11h31 (hora de Lisboa), pela primeira vez na Guiana Francesa; os foguetões russos Soiuz são, normalmente, lançados do Norte da Rússia, em Plesetsk, e do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
Agora, os dois satélites - IOV1 e IOV2 (In-Orbit Validation, IOV), cada um com cerca de 700 quilos - farão uma viagem de cerca de quatro horas até serem colocados em órbita, a 23.222 quilómetros. Só então se saberá se a missão foi cumprida com sucesso.
Cerca de dois minutos depois do lançamento, separaram-se os quatro propulsores do foguetão; oito minutos depois foi a vez da separação da parte superior, chamada "Fregat", onde se encontram os dois satélites. Este módulo accionou os seus próprios motores e levará os IOV até à órbita prevista, algo que deverá acontecer às 15h20 (hora de Lisboa).
Este lançamento é considerado um passo crucial para o sistema Galileu, projecto que pode significar o fim da dependência europeia do GPS, o equivalente norte-americano. De acordo com a ESA (agência espacial europeia), outros dois satélites deverão ser lançados para o próximo ano.
Os quatro satélites serão o núcleo operacional deste sistema de posicionamento geográfico que, quando estiver concluído, contará com um total de 30 satélites. Este projecto permitirá às "empresas e aos cidadãos o acesso directo a um sinal de navegação por satélite produzido pela Europa", salienta hoje a Comissão Europeia em comunicado. A partir de 2014, o Galileu poderá ajudar a "uma navegação automóvel mais precisa, uma gestão mais eficaz dos transportes rodoviários, melhores serviços de busca e salvamento, transacções bancárias mais seguras e um abastecimento mais fiável de energia eléctrica", acrescenta, a título de exemplo.
Segundo um comunicado da Arianespace, os foguetões Soiuz já realizaram 1770 missões em outras duas bases: no Cosmódromo de Baikonur (Cazaquistão) e no Cosmódromo de Plesetsk, na Rússia.
Fonte: Publico.pt
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