sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Microempresas brasileiras ainda desconhecem as potencialidades da web

A internet continua a ser uma ferramenta muito pouco, ou quase não usadas pelos microempresários brasileiros. Segundo a pesquisa TIC Microempresas 2010, realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br) e divulgada, na última quarta-feira (28), pelo Comitê Gestor de Informática (CGI.br), quase 65% dos microempresários brasileiros alega não necessitar da rede para seus negócios.

Os dados do levantamento realizado entre setembro e novembro de 2010, com mais de 1.500 empresas brasileiras que empregam até 10 funcionários, revelam a estabilidade no número de microempresas informatizadas.

Em 2007, quase 70% tinham computadores com acesso à Internet e este nível se manteve estável em 2010, mas a presença na Web ainda é muito baixa. Cerca de 73% das microempresas pesquisadas não possuem site e mais de 80% delas sequer mantêm parcerias online com outras companhias.

As que possuem página na internet oferecem somente recursos básicos, como catálogos e listas de preços de produtos e serviços. Na prática, a maioria dos microempresários entrevistados (64%) alega não necessitar da web para seus negócios, e mesmo os que declaram usá-la, limitam-se a funções básicas, como envio de e-mail (mais de 95%) ou buscas online (quase 90%).

Atividades que exijam maior familiaridade com a internet, como usar serviços bancários, oferecer consultorias e treinamentos online, têm índices ainda relativamente baixos, principalmente quando comparados a empresas com mais de 10 funcionários. Segundo a pesquisa, aproximadamente 58% das microempresas utilizam serviços bancários, 51% fazem uso de mensagens instantâneas, e apenas 40% oferecem serviços ao consumidor.

Outro quesito importante avaliado na pesquisa foi o uso que essas empresas fazem de sites governamentais. O índice, bastante significativo e similar ao que foi apresentado por empresas maiores, aponta que 71% das microempresas acessam páginas do governo. Entretanto, menos de 10% das corporações com 1 a 9 funcionários adquirem bens ou serviços de organizações governamentais via internet e apenas 37% fazem pagamentos pela rede a esses órgãos.

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