quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Morte de líder coreano mostra a frágil estabilidade mundial


A morte do líder norte-coreano Kim Jong-il, o suspense por ela criado e as interrogações dela decorrentes levantadas principalmente pelas potências internacionais - Estados Unidos à frente - só revela como a estabilidade mundial é frágil.

Um pequeno e pobre país, a Coreia do Norte, detém artefatos nucleares, assim como Israel, a África do Sul - racista no passado - e grandes países como a Índia e Paquistão também possuem armas iguais.

Com isto a Coreia do Norte garante a sua soberania e mantém o status-quo na Península Coreana. Mesmo com a absurda divisão da nação coreana: de seu povo, sua nação, fruto de seu próprio papel imperialista e hegemônico no passado, e como sequela da época colonialista e da disputa pós-Segunda Guerra Mundial.

Esta situação da Península Coreana - antiga, desde o fim da Segunda Guerra e da Guerra da Coreia, no início dos anos 50 - e o suspense e indagações que se vêem agora só comprovam a incapacidade das grandes potências de resolver conflitos do século passado.

A morte de Kim Jong-il deveria servir para a retomada da reunificação da Península e para o início de uma transição para um só governo e nação. Mas as potências, com o medo nuclear, só pensam em desestabilizar o país do Norte e manter congelada a situação iniqua e injusta para com o povo coreano, que acaba sendo uma mera peça no jogo do poder mundial.
 Fonte: blog Zé Dirceu

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