Uma verdadeira micro-cidade foi fundada em 1941 para atender às recomendações do Serviço de Profilaxia da Lepra (hanseníase): era o Hospital Geral da Mirueira. Projetado com ruas, praças, templo religioso, prefeitura, escola, área de lazer, além dos complexos médicos necessários, o objetivo era minimizar o sofrimento dos pacientes. A unidade era símbolo do isolamento social dos “leprosos” em Pernambuco.
Durante o período em que vigorou o isolamento compulsório, os internos da Mirueira lutaram contra o esquecimento, o determinismo que os “condenava” ao fim. Dentro do espaço que lhes foi imposto, reformularam suas vidas, forjaram novas relações sociais, novos pactos de convivência e solidariedade, inclusive criaram uma trupe teatral com encenação de espetáculos na colônia e um jornal.
Outros tempos, hoje o Hospital Geral da Mirueira – também chamado Sanatório Padre Antônio Manuel – ocupa uma área de 11,2 hectares e é referência estadual no atendimento aos pacientes de hanseníase e vítimas de alcoolismo. Os avanços da medicina trouxeram a cura da doença, e o atendimento passou a ser ambulatorial. São internados apenas pacientes antigos com sequelas da doença ou casos de complicações inerentes a ela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário