A confusão começou em frente ao Fórum Tomás de Aquino. Os agentes da PM lançaram bombas de gás para tentar conter os manifestantes que furavam o bloqueio. “Desde o começo a polícia quis comandar o percurso da gente. Chegou um ponto em que eles queriam que a gente fosse para um lado e nós queríamos para o outro. Quando conseguimos driblar, eles começaram a jogar bomba de gás. Atingiu idoso, criança, gente que não tinha nada a ver", contou Roberto Leandro, coordenador do Diretório Acadêmico de direito da Universidade Católica de Pernambuco.
Muitos estudantes ficaram assustados e saíram correndo. Pessoas que passavam pelo local também não entendiam o que acontecia. "Eu vim aqui no Mercado de São José comprar algo para comer, quando vi tudo fechando, gente correndo. Só ouvi os tiros e as bombas", contou o aposentado José Arimateia, que se escondeu para fugir da confusão.
Após a confusão, a passeata se dispersou e o grupo seguiu para a Faculdade de Direito do Recife, onde se reuniram em assembleia para decidir os rumos do protesto. Novo confronto começou no local e a polícia, mais uma vez, agiu disparando bombas de efeito moral e balas de borracha.
Marcelo Diniz ficou ferido no protesto |
A reunião que decidiu o valor do aumento começou às 8h no Grande Recife Consórcio de Transportes e terminou no fim da manhã. Foi anunciado que o aumento da passagem do transporte público em Pernambuco aumentou em 6,5% e vai passar a funcionar a partir da 0h do próximo domingo (22). O valor do anel A passou para R$ 2,15, o valor do anel B para R$ 3,30, o anel D para R$ 2,60 e o anel G para R$ 1,40. O reajuste é menor ao que foi pedido pelas empresas de ônibus, que era 17,2%. Dos 19 membros do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), a votação teve 13 votos a favor, 3 abstenções e apenas um contra, em defesa do reajuste máximo
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