O ex-governador de São Paulo, José Serra, fez pelo menos dois movimentos concretos na última semana para sinalizar aos aliados a possibilidade de rever a posição e disputar a Prefeitura de São Paulo. Primeiro, pediu ao ex-secretário de Fazenda e hoje titular da Secretaria Municipal de Finanças, Mauro Ricardo, informações detalhadas de todas as contas da Prefeitura. Depois, procurou outro ex-colaborador - o chefe da Casa Civil do governo estadual, Sidney Beraldo - para saber como está a negociação das alianças para a disputa municipal.
Os sinais foram a senha para desencadear a “operação segura Kassab” no PSDB. Serra está convencido de que uma aliança do prefeito da capital e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, com o PT do ex-presidente Lula é “uma viagem sem volta”, que pode terminar com o ex-aliado no ministério da presidente Dilma Rousseff.
Foi movido pela certeza de que a Prefeitura de São Paulo é estratégica para as oposições, e que uma vitória do PT na capital paulista é prenúncio de massacre da oposição em nível nacional, que Serra estaria considerando participar da disputa.
Mas isto não significa que ele estará na corrida municipal em qualquer cenário. Ao contrário. O ex-governador quer ser convocado pelo PSDB para a missão partidária e exige que a cúpula tucana crie condições para que ele assuma a candidatura.
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