
A reclamação é parte da pressão para forçar o apoio do partido ao pré-candidato petista, Fernando Haddad, na eleição para a Prefeitura de São Paulo. Nesta segunda-feira, Campos participou de evento na Associação Comercial de São Paulo, no qual afirmou que seu "único compromisso é com o PSB" e que não há nenhum acordo preestabelecido em favor do petista na corrida muncipal.
No final de semana, petistas fizeram chegar a Campos os sinais de insatisfação de Lula e Dilma com a possibilidade de o PSB apoiar o tucano José Serra. Interlocutores do ex-presidente citaram a votação do regime de previdência complementar para servidores públicos como mais um da série de sinais de falta de controle de Campos sobre o partido. “Quase 90% da bancada do PSB votou contra o governo”, reclamou um alto dirigente petista.
Integrantes do grupo próximo a Haddad lembraram que o PSB de São Paulo também ocupa cargos importantes na administração federal. Um exemplo é o ex-deputado Cesar Calegari, que assumiu recentemente a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação.
O exemplo é usado para rebater o argumento de que o presidente estadual do PSB, Márcio França, ocupa a Secretaria de Turismo no governo Geraldo Alckmin (PSDB).
Em São Paulo, Campos se encontrou com o o prefeito Gilberto Kassab, que apoia a candidatura de Serra, primeiro durante um jantar na noite de domingo e, depois, em um almoço nesta segunda. Apesar de o prefeito de São Paulo ter garantido que "não houve nenhuma conversa sobre questões político-partidárias na noite de ontem", Campos afirmou ter conversado sobre o assunto com Kassab.

O presidente do PSB negou que haja um acordo entre ele e o ex-presidente Lula pelo apoio a Haddad e disse que seu "compromisso é com o PSB". "Nós não temos nenhuma decisão preestabelecida em relação a município nenhum no Brasil, muito menos em relação a São Paulo."
O governador pernambucano tinha uma conversa marcada com Lula no domingo. O encontro, no entanto, foi adiado em função da piora do estado de saúde do ex-presidente. Lula escalou então o próprio Haddad para falar em seu nome com Campos.
O petista disse nesta segunda-feira que teve uma conversa por telefone com o presidente do PSB. Segundo Haddad, o diálogo foi amistoso no qual ambos trocaram informações sobre o quadro eleitoral partidário. Por volta das 8h30, Lula telefonou para Haddad, contrariando orientações médicas.

Segundo fontes petistas, a insatisfação com o PSB foi tema da conversa entre Lula e Dilma na última quinta-feira, em São Bernardo do Campo.
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