sexta-feira, 25 de maio de 2012

Casarão abandonado causa transtornos na praça Chora Menino

Há mais de 10 anos, alunos e funcionários da Unidade de Direito da Faculdade Integrada de Pernambuco (FACIPE), localizada em frente à praça Chora Menino, no bairro da Boa Vista, sofrem com o abandono do casarão ao lado. Em um cenário antigo e degradado é perceptível lixo, paredes rachadas com risco de desabamento, animais peçonhentos, dejetos e muito entulho. Além do local servir como foco de reprodução de mosquitos da dengue, ponto de prostituição, tráfico de drogas e dormitório para moradores de rua, é uma ameaça para os transeuntes.
O proprietário do imóvel é conhecido como “Irmão Evento” e se tornou um morador de rua após o falecimento do irmão. A ex-moradora, Lenira Maria de Fontes Santos, conta que viveu 16 anos no bairro e que em sua época a casa era conservada. Segundo Lenira, a nomeação “Irmãos Eventos” se deu pelo fato dos irmãos comparecerem constantemente a diversos eventos da cidade. “Só os via sozinhos, ninguém sabe de parentescos. Às vezes, quando passo por aqui o vejo com uma barba grande e descuidada”, explica.
A Faculdade alega que procurou resolver a situação com a Prefeitura do Recife, no entanto, o único órgão que compareceu ao local foi a Vigilância Sanitária. “A vigilância lacrou a frente da casa, mas o dono e invasores arrancaram, depois voltaram, tiraram umas fotos e até agora não temos nenhuma informação e solução do caso”, declara Marcos André da Silva Rocha, Coordenador da Câmara de Mediação do Tribunal dos Advogados da FACIPE.
Segundo Marcos, os alunos pressionam os coordenadores para solucionarem o problema e muitos já ameaçaram sair da faculdade. Os coordenadores já tentaram a compra do imóvel com o proprietário, mas o “Irmão Evento” não deseja nenhum tipo de acordo. Os coordenadores tentam reduzir o problema contratando serviços de limpeza. “O mau cheiro é insuportável. Além da limpeza que pagamos, tivemos que fazer uma pequena reforma na cantina para a afastar da parede, que fica atrás da casa”, comenta Marcos.
A assessoria de imprensa da Diretoria de Controle Urbano (Dircon) informou que ainda esta semana uma equipe técnica irá visitar o local para uma fiscalização. Após a vistoria o órgão deverá ter uma resposta mais detalhada para a Faculdade.
Em nota, a assessoria de imprensa da Vigilância Ambiental do Recife respondeu sobre o serviço oferecido ao local;
“A Vigilância Ambiental do Recife informa que o imóvel em questão faz parte da lista de residências visitadas rotineiramente pelos agentes de controle de endemias e vetores em geral. Durante a atividade, eles fazem identificação e tratamento ou descarte de potenciais focos do mosquito transmissor da dengue, desratização e aplicação de veneno antiescorpiônico.”

Procurada pela Folha de Pernambuco, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (APEVISA), até o fechamento da matéria, não respondeu sobre o assunto em questão.

Um comentário:

  1. Quando passo por aí fico imaginando como seria antes é uma bela casa deveria ser restaurada!

    ResponderExcluir