terça-feira, 8 de maio de 2012

Chávez diz que vencerá eleições por "nocaute fulminante"


Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta segunda-feira que espera vencer por "nocaute fulminante" o candidato opositor Henrique Capriles na eleição presidencial de 7 de Outubro, na qual pretende obter 70 por cento dos votos, algo em torno de 10 milhões de votos.
"Este candidato e esta força burguesa da direita não vão poder connosco", garantiu Chávez sobre Capriles, afirmando que a oposição "não tem um nome ou um projecto próprio".
O presidente destacou que, "entre tratamento, radioterapia, fisioterapia e descanso", esteve a trabalhar nas linhas do projecto que espera liderar a partir de 2013 e até 2019, após vencer as eleições de Outubro.
"Nós temos que continuar a fortalecer a nossa liderança e, quando digo liderança, não é só a liderança que eu exerço, mas a liderança colectiva", ressaltou.
"Vamos trabalhar muito duro, portanto nunca nos ganharão nessas eleições, mas de nenhuma maneira, não há nenhuma possibilidade", frisou o governante ao referir-se à oposição venezuelana.
Mais cedo, a direcção do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Hugo Chávez, afirmou em comunicado que o adversário Henrique Capriles "cambaleia" nas eleições presidenciais do país e que sectores da oposição já pensam em substituí-lo antes do pleito, em Outubro.
"Podemos dizer do lado do PSUV e achamos que é o sentimento de todos os venezuelanos que o único candidato seguro para as eleições presidenciais é Hugo Chávez", afirmou Diosdado Cabello, vice-presidente do PSUV e presidente da Assembleia Nacional da Venezuela.
O dirigente respondeu aos rumores de que o mandatário pudesse sair da disputa pelo cancro na região pélvica de que é tratado em Cuba desde Fevereiro. "Não planejamos nenhum tipo de mudança, nenhuma avaliação, o que está a acontecer em sectores da oposição".
Cabello também acusou os adversários de usarem o estado de saúde de Chávez para inventar "qualquer quantidade de argumentos". "Internamente a oposição já está a falar em transição pelo desastre de ter um candidato que não emplaca no sentimento popular".
Para o partidário do presidente, Capriles tem como "principal assessor de desestabilização" o ex-presidente colombiano Alvaro Uribe que, segundo Cabello, estaria a fazer campanha em um departamento colombiano que faz fronteira com a Venezuela.
"Ele (Uribe) tem grupos para-militares, os grupos do narcotráfico para provocar factos violentos na Venezuela, o principal expediente da oposição e do seu assessor".
Nas últimas semanas, Chávez fez sessões de radioterapia em Cuba, o que obriga o presidente a se afastar do país por mais de cinco dias e continuar as suas funções presidenciais. O procedimento foi autorizado pela Assembleia Nacional, presidida por Cabello, apesar das reclamações da oposição.
Nas últimas pesquisas de opinião, Chávez aparece a frente de Capriles, mas os institutos apresentam vantagens de cinco a 33 pontos, provocando desconfiança pelos resultados do pleito.

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