Hoje, 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco. A data visa a lembrar a importância de práticas antitabagismo, mas parar de fumar nem sempre é uma tarefa fácil. Tanto que o mau hábito do cigarro acomete nada menos que 25 milhões de brasileiros. Segundo dados do Ministério da Saúde, 200 mil pessoas morrem por ano no Brasil em decorrência do hábito de fumar. Além disso, pesquisas demonstram que o tabagismo está diretamente ligado a 75% dos casos de bronquite crônica e enfisema pulmonar, a 80% dos casos de câncer do pulmão e é responsável por 25% dos casos de infarto do miocárdio.
Vale lembrar, ainda, que os fumantes têm o dobro do risco de contrair infecções respiratórias bacterianas e virais, câncer da boca, na laringe, no esôfago, no pâncreas, nos rins, na bexiga e de colo do útero, como também doenças do sistema circulatório, aneurisma da aorta, problemas vasculares cerebrais e arteriosclerose.
O cardiologista Achilles Gustavo da Silva destaca que as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil e no mundo e as que mais matam são o derrame e o infarto. “Tanto o infarto quanto a doença cerebrovascular, que é o AVC ou derrame, têm alguns fatores de risco em comum.
A causa, na maioria das vezes, é a mesma, a placa de gordura ou a arteriosclerose, que têm como fatores de risco o tabagismo, a dieta hipercalórica, o sedentarismo, a obesidade e o diabetes”, revela o especialista em medicina invasiva.
Achilles alerta que a arteriosclerose é uma doença coronariana, ou seja, causada pela presença de gordura, que entope as artérias, podendo se manifestar de três formas: a angina – dor no peito ao andar ou praticar atividade física; infarto – dor forte e mais duradoura, que pode surgir mesmo que a pessoa esteja em repouso, e morte súbita. “No caso de senhoras de baixa estatura, obesas e/ou diabéticas, a doença coronariana pode se manifestar através de sintomas atípicos, como falta de ar, dor na mandíbula ou dor epigástrica, ou seja, acima do estômago”, afirma.
Para ele, pessoas que possuem esses fatores de risco, como ser fumante, sofrer de diabetes e obesidade, precisam passar por investigação clínica, geralmente através de teste ergométrico e a cintilografia, por exemplo. O ideal, segundo o especialista, é procurar o cardiologista em atendimento ambulatorial pelo menos uma vez por ano ou a cada seis meses, no caso de possuir algum fator de risco.
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