Um forte terremoto de magnitude 5,8 atingiu a região de Emilia Romagna, no norte da Itália, nesta terça-feira, matando ao menos 10 pessoas, segundo as autoridades locais. Enquanto as equipes de resgate procuravam novas vítimas, um segundo tremor de 5,6 graus na escala Richter abalou a mesma área poucas horas depois.
O primeiro tremor ocorreu às 9h locais (4h de Brasília) e foi sentido em Parma, Bolonha e Milão. O abalo ocorreu a 40 quilômetros ao norte de Bolonha e a 60 quilômetros a leste de Parma, a uma profundidade de 9,6 quilômetros, considerada rasa, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). O segundo ocorreu às 12h55 locais (7h55 de Brasília), praticamente na mesma região, e foi sentido em Modena, Milão e Brescia.
O epicentro dos tremores é próximo ao do terremoto de 20 de maio, que matou sete pessoas, feriu 50 e deixou mais de 11.000 evacuados. O abalo desta terça foi seguido por várias réplicas de menor intensidade, e foram reportados novos desmoronamentos de edifícios históricos e igrejas das zonas já afetadas pelo último tremor.
Mortes - Os policiais confirmaram a morte de três trabalhadores, um italiano, um marroquino e um indiano, após o desabamento de uma empresa de construção na comuna de San Felice sul Panaro. Outras duas fábricas desabaram na zona industrial da região e os bombeiros estão trabalhando para comprovar se há mais pessoas presas entre os escombros. Em Mirandola foram registradas duas mortes em outra fábrica, enquanto em Concordia um idoso morreu ao ser golpeado por uma cornija. Além disso, outras duas pessoas faleceram em Finale Emilia e em Cavezzo, assim como o pároco de Rovereto di Novi.
Segundo a imprensa italiana, os bombeiros buscam pessoas que ficaram presas após desmoronamentos tanto em San Felice sul Panaro como em Mirandola. Além de Emilia Romagna, o terremoto foi sentido em todo o norte e centro do país, em regiões de Gênova, Lombardia, Piemonte, Vêneto e Toscana, e diversos edifícios públicos foram desalojados em cidades como Milão, Bolonha e Florença.
Autoridades - As autoridades ferroviárias da Itália suspenderam o trânsito de várias linhas na região para avaliar possíveis danos. O prefeito de Concordia, Carlo Marchini, afirmou ao canal de televisão Skytg24 que nesta cidade desabaram vários edifícios, há numerosos feridos e a "situação é muito grave".
Em San Felice, o cenário é parecido. "É um desastre, um desastre", comentou atônito o prefeito da cidade, Alberto Silvestri, sem, contudo, estimar um número de vítimas. “Há vítimas. A situação é muito grave. Algumas pessoas estão presas sob escombros”, disse. A imprensa italiana informou o desabamento da torre de San Felice sul Panaro, da basílica de San Francisco, em Mirandola, e de outras igrejas da região.
O primeiro-ministro Mario Monti disse que "fará todo o possível e o mais rápido possível" para levar ajuda aos cidadãos, depois de interromper uma reunião para tranquilizar os italianos. O presidente da Itália também se manifestou para garantir que o governo 'está preparado e fará o possível' para responder à emergência. "Vamos superar este momento", anunciou emocionado Giorgio Napolitano.
(Com agência France-Presse)
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